Rastreador de vacinas contra coronavírus
Pesquisadores em todo o mundo estão desenvolvendo 178 vacinas contra o coronavírus. Em fase apenas laboratorial, sem ensaios em humanos, são 135 protótipos de vacinas. A contagem de vacinas sendo testados em humanos trás 20 na fase 1, 13 na fase 2, 8 na fase 3 e 2 aprovadas pelo governo do país que as criou para uso limitado.
Moderna.
A vacina hightech norte-americana lançou um estudo de fase 3 em 27 de julho. O teste final está inscrevendo 30.000 pessoas em cerca de 89 locais nos Estados Unidos. Há um sério problema de disputa de patentes dessa vacina. Em julho, perdeu uma disputa sobre parte de sua tecnologia de vacinas. Se aprovada, o estoque inicial de 100 milhões de doses ficará nos EUA.
Biontech + Pfizer + Fosun.
Essas empresas alemã (Biontech), norte-americana (Pfizer) e chinesa (Fosun) também estão desenvolvendo uma vacina hightech. Em 27 de julho, as três empresas anunciaram o lançamento de um teste unindo as fases 2 e 3 com 30.000 voluntários nos Estados Unidos, na Alemanha, no Brasil e na Argentina. No Brasil, os testes serão realizados nas cidades de São Paulo e Salvador. Causa estranheza a mídia brasileira ter sumido com a chinesa Fosun nas matérias jornalísticas. Preconceito? Tal como a vacina da Moderna, as primeiras 100 milhões de doses irão para os EUA. As seguintes 120 milhões de doses estão contratadas pelo Japão.
Can Sino Bio.
Em julho, a empresa chinesa relatou que seus testes da fase 2 demonstraram que a vacina era segura e tinha forte resposta imunológica. Em um movimento sem precedentes, os militares chineses aprovaram essa vacina por um ano como "uma droga especialmente necessária". Está sendo aplicada nos militares. Não se sabe se essa vacina é obrigatória ou opcional para os soldados chineses. Em 9 de agosto, a vacina começou a fase 3 dos testes na Arábia Saudita. Está em negociação com o Brasil, México e Chile para ampliar os testes.
Oxford + Astra Zeneca.
A empresa sueca-britânica Astra Zeneca em parceria com a Universidade de Oxford está em testes unindo as fases 2 e 3 na Inglaterra, na Índia, no Brasil, na África do Sul e nos Estados Unidos. Indicam que podem começar a fornecer vacinas de emergência no final de outubro, dependendo dos resultados dos testes. Essas doses de emergência já estão sendo produzidas pelo Serum Institute da Índia. Se aprovada, as primeiras doses para os brasileiros viriam da Índia. As possíveis doses subsequentes, destinadas aos brasileiros, seriam produzidas pela Fiocruz, no Rio de Janeiro.
Instituto de Pesquisas Gamaleya.
A vacina russa que está oficialmente em fase 1 (quando é testada em apenas dezenas de pessoas para checar a segurança) foi anunciada pelo presidente Putin, em 11 de agosto, como se estivesse pronta para ser produzida em massa e ser levada às populações. Especialistas do mundo todo denunciam a medida como arriscada. Todavia, há mais de 20 países negociando com a Rússia para comprar essa vacina. O Vietnã já comprou 50 milhões de doses. O Estado do Paraná está finalizando acordo para produzir essa vacina em solo brasileiro.
As duas vacinas da Sinopharm.
A estatal chinesa Sinopharm lançaram os 5.000 testes de fase 3 de sua primeira vacina nos Emirados Árabes Unidos. Garantem que essa vacina estará pronta antes do final do ano. A Sinopharm também está testando sua segunda vacina nos Emirados Árabes com outras 5.000 pessoas. A primeira vacina está em fase de acordo para ser testada no Paraná.
Sinovac.
A empresa privada chinesa Sinovac Biotech está testando uma vacina chamada CoronaVac. Lançou um teste de fase 3 com 9.000 voluntários em São Paulo e outros cinco estados. Dias depois de chegar no Brasil, começou também a testar na Indonésia. A empresa está construindo uma instalação para fabricar 100 milhões de doses anualmente. Se aprovada, as doses destinadas aos brasileiros serão produzidas pelo Instituto Butantã, em São Paulo.
A vacina australiana.
A vacina Bacillus Calmette-Guerin foi desenvolvida no início de 1.900 como uma proteção contra a tuberculose. O Murdoch Childrens Research Institute, da Austrália, está conduzindo um ensaio de fase 3. É chamada de "vacina reaproveitada", que já estão em uso e podem proteger contra a covid-19. A imprensa ocidental trás raríssimas informações sobre essa vacina. Estranho, em tese é muito segura.