Vírus: descoberto medicamento que pode salvar até 1/3 de vidas
Cientistas da Inglaterra asseguram ter encontrado aquele que é o primeiro tratamento eficaz para evitar mortes pelo covid-19: a dexametasona. É o velho Decadron, conhecido há meio século pelos brasileiros (foi criado em 1957). O teste foi feito com 11 mil pacientes, em 175 hospitais ingleses. Só surtiram efeito naqueles considerados em estado grave. Não demonstrou eficácia alguma entre os pacientes com sintomas leves.
Oxford explica a pesquisa.
A Universidade de Oxford, a mesma que testa uma das mais prováveis vacinas contra o coronavírus, afirma que administraram dexametasona em 2.104 infectados, selecionados aleatoriamente. A progressão do estado de saúde destes, foi comparada com a de 4.321 outros infectados que receberam placebo (água com açúcar). Todos esses 6.425 pacientes estavam em algum estágio considerado grave - necessitando receber oxigênio ou já estavam recebendo oxigenação.
Medicamento barato e também em testagem em outros países.
O Decadron é um medicamento barato. Adquiri pela manhã uma caixa de 0,5 mg por R$ 8,00. Todavia, com a notícia sendo divulgada pela imprensa internacional, à tarde, a mesma caixa já estava custando R$18,00. Além da Inglaterra, a Espanha também está ultimando os testes da dexametasona. Um dos hospitais madrilenhos - Infanta Sofia - veio a público garantir a razoável eficácia do remédio. Os testes foram feitos usando doses baixas - apenas um comprimido diário - e por poucos dias, outras vantagens adicionais desse tratamento.
Apoia a teoria de que o que mais está matando é a contra-inflamação tresloucada.
O uso da dexametasona apoia a teoria de que o fator que está matando mais os infectados é a resposta imunológica tresloucada de nosso organismo. O vírus nos ataca e recebe o contra-ataque através de nosso sistema imune. Os cientistas já haviam afirmado que esse contra-ataque era extremamente perigoso. Isto é, nosso corpo nos mata por exagerar a dose do combate ao vírus. Algo semelhante ao "fogo amigo" que ocorre nos campos de batalha. A dexametasona age reduzindo a resposta imunológica. Novos testes passarão a ser realizados unindo a dexametasona com o remdesivir, um medicamento que ataca, com pequena eficácia, diretamente o vírus. A teoria é interessante: um antivírus e um anti-maluquice do sistema imune.