Após ver vizinhança pegar dengue, morador faz mutirão de limpeza em bairro
Terrenos baldios foram alvos de moradores do Bairro Nascente do Segredo
Cansados de viver em meio à sujeira, matagal alto e animais peçonhentos, moradores do Bairro Nascente do Segredo, em Campo Grande, reuniram-se para realizar um mutirão de limpeza nas ruas Domingos Nantes, Albatróis e Luvirno Bicudo, no último final de semana. A iniciativa partiu do professor Alcides da Silva, 47 anos, morador do bairro, após ele notar que a vizinhança está adoecendo por conta do mosquito da dengue.
Com ajuda da vizinhança, foi feita a limpeza no entorno do Centro Comunitário, parque, campo de futebol e terrenos baldios. Foram recolhidos dos terrenos roupas descartadas, embalagens plásticas, garrafas e entulho. No vídeo feito pelo morador, é possível observar que eles retiram água parada acumulada de dentro das embalagens.
Segundo o professor, o bairro está abandonado pelo poder público. Ele relata que já foram feitas diversas tentativas de contato com a prefeitura, mas os moradores não obtiveram retorno. "Resolvi fazer porque a gente pede e não vem ninguém. Faz uns seis ou cinco meses que não aparece ninguém. A gente não estava mais aguentando ver a sujeira. Quando comecei, veio um monte de gente ajudar”.
Alcides relata que a situação "está caótica", pois além da sujeira, as bocas de lobo do bairro estão entupidas. Os moradores ainda enfrentam outro dilema: não possuem recursos para contratar um caminhão para retirar os restos de grama, galhos e pedaços de madeira que ficaram amontoados após a limpeza. "Nós ensacamos algumas coisas, e o lixeiro levou, mas não tinha sacos o suficiente. Precisamos que alguém venha recolher".
O professor destaca que muitos moradores da região aproveitam o lixo jogado nas ruas para descartar mais lixo e pede a compreensão e educação da vizinhança, para manter o local limpo. "Não basta limparmos, tem que cuidar e não jogar lixo na rua e em lotes baldios".
A reportagem procurou a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) para notificar o pedido de ajuda dos moradores e as bocas de lobo entupidas, além de questionar o motivo das solicitações anteriores não terem sido atendidas. Até o momento da publicação da matéria, a secretaria não havia retornado o contato.
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