Energisa corta novamente fornecimento de invasão da Homex e causa revolta
Decisão judicial do ano passado determinou o fornecimento de energia durante o período de pandemia
Desde a manhã desta quinta-feira (30), as cerca de 50 famílias que vivem em invasão no bairro Paulo Coelho Machado, onde começaram a ser construídos apartamentos da empresa Homex, estão sem fornecimento de energia. Moradores relataram ao Campo Grande News que o corte de energia foi feito pela Energisa.
Segundo moradora que denunciou a situação, são muitas famílias e crianças que ficaram sem luz, não podendo usar ventiladores no calor e com as geladeiras desligadas. Decisão judicial do ano passado determinou o fornecimento de energia durante o período de pandemia. O pedido foi do município que entrou como parte em ação que a Defensoria move contra a Energisa.
No procedimento, a empresa informou que para realizar a regularização do fornecimento de energia, havia a necessidade de construção de estrutura para instalação da rede na região, como abertura de ruas, construção de meios-frios e instalação de postes.
Ainda no ano passado, a Energisa informou que deu início à obra de regularização da Homex no dia 05 de junho com previsão de encerramento até setembro do ano passado. Isso, para atender demanda de urgência durante a pandemia. Cerca de 10% do serviço que atenderia as 1,1 mil pessoas foi realizado. Mas antes mesmo de ser finalizado, foi interrompido, ainda em agosto de 2020.
Na ocasião, o juiz David de Oliveira Gomes, sustentou que “nem a Energisa, nem o Município e nem as pessoas que seriam beneficiadas com as obras se mostravam dispostas a mover um dedo para colaborar com o cumprimento da liminar que beneficiaria a todos”.
A reportagem procurou a assessoria de imprensa da empresa, que informou que que a queda no fornecimento de energia na região da Homex "foi ocasionada por intervenção de terceiros por furto na rede elétrica, que afetou parte dos clientes regulares".
A empresa informou ainda que depende de ações da prefeitura para concluir a instalação da rede e que equipes da concessionária foram deslocadas para lá e os atendimentos foram concluídos às 18h.
"O furto de energia, conhecido como ‘gato’, é crime e impacta na tarifa dos clientes regulares. A pena prevista para quem utiliza a fraude varia de 2 a 8 anos e para quem se beneficia do furto, de 1 a 4 anos", sustenta a nota.
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Leia a nota da Energisa na íntegra:
A Energisa informa que a queda no fornecimento de energia na região da Homex nesta quinta-feira (30/9) foi ocasionada por intervenção de terceiros por furto na rede elétrica, que afetou parte dos clientes regulares. Equipes da concessionária foram deslocadas e os atendimentos foram concluídos às 18h.
*A concessionária destaca que o sistema é planejado conforme as cargas declaradas pelos consumidores, e também reforça que iniciamos o período com altas temperaturas e com o calor, naturalmente os eletrodomésticos por si só consomem mais energia para manter ou chegar na temperatura desejada.
O furto de energia, conhecido como ‘gato’, é crime e impacta na tarifa dos clientes regulares. A pena prevista para quem utiliza a fraude varia de 2 a 8 anos e para quem se beneficia do furto, de 1 a 4 anos.
Além de ser crime e gerar impacto nas tarifas de clientes regulares, as ligações clandestinas oferecem riscos à população já que podem ocasionar acidentes com choques elétricos, curtos-circuitos e incêndios, sobrecarregam e comprometem a confiabilidade da rede de distribuição de energia.
Denúncias sobre furto de energia podem ser feitas por meio do 0800 722 7272.
Matéria alterada às 19h40 para inclusão do posicionamento da empresa.