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Jogo Aberto

Cheque de R$ 350 mil deu pista de esquema criminoso do tráfico

Marta Ferreira, Anahi Zurutuza e Leonardo Rocha | 12/09/2020 07:00
Emídio Morinigo, chefe de esquema criminoso preso no Paraguai. (Foto: Senad/Paraguai)
Emídio Morinigo, chefe de esquema criminoso preso no Paraguai. (Foto: Senad/Paraguai)

Apagando rastros – Emídio Morinigo Ximenes, chefe da organização alvo da operação Status, da Polícia Federal, Jefferson e Kleber Morinigo, filhos e também “chefões” no esquema, “não chegavam perto do dinheiro” obtido com o tráfico de cocaína. Segundo a PF, toda a movimentação financeira do clã era feita por doleiro e rede de operadores financeiros, uma forma de não deixarem vestígios.

Ponta solta – Mas, para resolver um problema de saúde, a família deixou um sinal, o que avalou sendo crucial na apuração. Segundo a PF, há cerca de dois anos, um dos filhos deu cheque de R$ 350 mil para o tratamento da matriarca em hospital de São Paulo.

Trilha - A partir daí, os Morinigo começaram a ser ter as movimentações financeiras rastreadas. Pelo menos 95 pessoas foram investigadas até que a polícia conseguisse concluir quem eram as lideranças no esquema.

Autodefinição – Preso na operação, o dono da JV Mortos - garagem de veículos de alto padrão em Campo Grande apontada como empresa que lavava dinheiro para o esquema - usava as redes sociais para falar de religião e de política. No Twitter, por exemplo, sua descrição de si mesmo incluía a expressão “cristão e trabalhador”.

Ironia – Dizendo-se “1000% Anti Petista”, Slane Chaves usou o espaço virtual para comemorar a prisão do maior líder do partido. “Lula preso, ótimo”, postou, junto à frase “chora mais que tá lindo”.

Estratégia– Em coletiva de imprensa na manhã de ontem, o coordenador-geral de Repressão a Drogas e Facções Criminosas da Polícia Federal, delegado Elvis Secco, aproveitou a dimensão da operação Status, que confiscou R$ 230 milhões em bens de traficantes, para exemplificar a mudança no modo de atuar da corporação contra o tráfico de drogas, agindo para quebrar os esquemas financeiros.

“É a quarta operação policial em menos de 30 dias exclusivamente sobre a lavagem de dinheiro [do tráfico]”, citou.

Foco – Secco afirmiu que depois de 10 anos investigando quadrilhas e buscando apreender drogas, a PF percebeu que estava no caminho errado. “A simples apreensão de droga não é a solução. A estratégia correta é a descapitalização patrimonial, prisão de lideranças e cooperação internacional”.

Reflexos - O secretário estadual de Produção e Meio Ambiente, Jaime Verruck, vê como positiva, de certa forma, a repercussão sobre as queimadas no Pantanal entre artistas nacionais e internacionais. Verruck explica: para ele, exposição ajuda na realização de ações e até na atração de mais recursos para combater ps incêndios na região. O titular da pasta também espera que a defesa da natureza ajude na conscientização das pessoas, em relação a não colocar fogo na vegetação.

Serviço de casa - Sobre a movimentação de partidos para apoiar a reeleição do prefeito Marquinhos Trad (PSD), como PSDB e DEM,  o presidente do MDB, Junior Mochi, disse que sua sigla está focada no próprio planejamento. "Temos apenas que cuidar do nosso, que já tem bastante coisa".

Democrático - Mais próximo às igrejas evangélicas,  Sérgio Harfouche (Avante) que vai disputar a prefeitura de Campo Grande,  ponderou que não tem problemas com as demais demoninações religiosas, lembrando que boa parte da sua família é católica.

"Sempre digo que tem gente boa em todo lugar, assim como as ruins também".

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