Prédio histórico na Avenida Afonso Pena deve virar espaço de cultura e cinema
O lugar, que atualmente funciona como o Museu da Força Expedicionária Brasileira, será mais um dos patrimônios administrado pelo Sesc na cidade
O prédio histórico do Quartel General do Exército, na Avenida Afonso Pena, vai ganhar outra função em Campo Grande. O lugar, que atualmente funciona como o Museu da Força Expedicionária Brasileira, será mais um dos patrimônios administrado pelo Sesc na cidade, para oferecer cursos de arte, cinema e exposições.
O documento que autoriza a restauração e um novo rumo para o prédio foi assinado na última segunda-feira com o CMO (Comando Militar do Oeste). A ideia é terminar a obra até o fim do ano e inaugurar no primeiro semestre de 2017, para abrir de terça a sábado com várias atividades e dar vida ao espaço que quase não vê visitantes hoje em dia.
O edifício foi erguido em 1922, projetado pelos engenheiros e arquitetos da Companhia Construtora de Santos, como a primeira obra de engenharia e arquitetura da cidade em dois andares, criado para apoiar as atividades militares nesta região do então Mato Grosso. Depois veio o museu, com itens como fardas, distintivos, jornais e medalhas da época.
Reforma - A obra para restauração irá começar pela parte térrea do prédio. Depois, os ambientes vão dar lugar a uma biblioteca, sala de exposições para artes plásticas, de projeções, ensaios, oficinas e concertos.
Também haverá cinema com exibição de longa e curta metragem, sempre de produções independentes, com acervos disponíveis ao público em horários alternativos e também agendamentos prévios.
Outra novidade será a sala para pockets concertos de música clássica e contemporânea, em que o público ficará mais próximo do músico em apresentações compactas. Na parte externa, a ideia é criar uma arena cultural destinada à música, ao teatro e à dança. O Sesc já sabe até o que fará na inauguração, vai abrir o 1º Salão de Artes com manifestações de artistas plásticos regionais e nacionais.
Hoje, o Sesc é a principal força cultural da cidade. Nem prefeitura, nem governo, criaram novos espaços de cultura como a instituição nos últimos anos, além de espetáculos nacionais de dança e teatro trazidos para Campo Grande e apresentados de graça em locais como o teatro do Horto.
Como o previsto para o prédio do Exército, a Morada dos Baís também passou a ser administrada pelo Sesc em 2015, após tanto tempo servindo apenas como saída e comercialização do City Tour e às exposições temporárias da Fundac (Fundação Municipal de Cultura).
Hoje o local tem salas para oficinas de pintura, desenho e um cine cult, com capacidade para 40 pessoas, além de café e lounges para shows ao vivo.
A cidade espera também o projeto Cine Sesc, no local do antigo Cine Campo Grande, na 15 de Novembro. Mas esse parece super enrolado. O espaço foi comprado com a proposta de reunir teatro, cinema, artes e um café ao público.
As obras estavam programadas para começar no ano passado, mas até agora nada. A promessa é transformar uma das duas salas de cinema em teatro, com direito à caixa cênica, estrutura que permite a troca de cenários no palco entre um sobe e desce.