Festa tem cachaça de graça e as tradições do interior sul-mato-grossense
A festa é regada a cachaça e caldo de cana, tudo de graça. São 3 mil litros de garapa e 500 de água ardente só em um dia do evento. Mas como a Festa da Cana é também uma homenagem ao povo nordestino que trabalha nas usinas da região, também há uma buchada de bode “genérica” para quem procura algo além do espetinho e do cachorro-quente.
O repórter Bruno Chaves foi até lá se divertir, mas no retorno aproveitou para fazer a propaganda ao Lado B. O evento acabou, mas fica o registro para quem já ouviu falar ou aos que não sabiam da festança em Sonora, na região norte do Estado, a última cidade antes do Mato Grosso.
As bebidas símbolos da região ficam em grandes tonéis, a disposição de quem passa. É só chegar com o copinho e despejar a cachaça ou o caldo de cana. Mas mesmo com a caninha de graça é a cerveja quem ainda manda.
A estrutura montada no Parque de Eventos da Usina de Sonora, segundo Bruno, não fica devendo nada para os shows no Jóquei Clube de Campo Grande ou Parque de Exposições Laucídio Coelho.
“A comida é a mesma: cachorro quente, pastel, espetinho e tudo mais. O que achei de diferente é a tal da buchada que se vende na festa, mas não é a buchada de bode tradicional. O que eles comem é um tipo de dobradinha, com batata e pimenta. A novidade esse ano, inclusive anunciada pelo locutor, é o churrasco grego (rs)”, comenta.
Na sexta, primeiro dia da festa, 5 mil pessoas foram até o local que teve shows das duplas sertanejas Pedro e Evandro, Cácio e Marcos – donos de uma tal "funknejo" e dos hits "Tá doidona", "Tá Tarada", "As Mina Pira", "Paga de Santinha".
Experiente na Festa da Cana, a funcionária pública Olímpia Mendieta, de 30 anos, diz que o evento vem lotando cada vez mais. "Esse ano, até a sexta-feira foi boa porque normalmente os shows de sexta não atraem tanto. Mas o de sábado é bem melhor, as pessoas não conseguem andar”.
No segundo dia, as atrações foram Trio Violada e Edson e, realmente, o público aumentou consideravelmente, chegou a cerca de 7 mil pessoas entre turistas das cidades vizinhas e de Rondonópolis (MT). “A cidade parou. Todo mundo no mesmo lugar”, resume Bruno.
Uma curiosidade é que o público é bem diversificado. Durante a festa, você encontra gente de todas as idades, a maioria a caráter com bota, camisa xadrez e chapéu.
A festa terminou domingo com almoço: costela na brasa e coisas bem de interior, como bingo. Já é a 15ª edição.