Aliados de Bernal se reúnem, mas negam haver estratégia para julgamento
Aconteceu no início da noite desta quarta-feira (25) a reunião de parte da base aliada do prefeito Alcides Bernal, na Câmara Municipal. Participaram da reunião os vereadores Marcos Alex (PT), Luiza Ribeiro (PPS) e o ex-vereador e líder do PPS, AthaydeNery . A principio eles negam se tratar de uma reunião da base do prefeito e afirmam que apenas foi encontro para debater as possibilidades do julgamento que irá acontecer nesta quinta-feira (26).
Luiza diz que a base está tranquila para o julgamento e comparou a situação com a as investigações da Máfia do Câncer, quando o ex-prefeito Nelson Trad Filho não foi investigado. “Na época, este mesmo relator Flávio Cesar, achou desnecessário convocar ou investigar Nelson Trad Filho, Leandro Mazina e Henrique Mandetta. Então vejo a falta do bom senso por esta questão. Quantas vezes pedimos a convocação do ex-prefeito e trataram ele como uma criança inocente”, comparou a vereadora.
A vereadora ainda crê que os companheiros parlamentares irão perceber que as situações citadas nos relatórios não se consolidam. “Tenho visto o prefeito fazer a defesa dele, mas não se encontro a razão por esse motivo da cassação. O motivo é muito mais irrelevante do que da Máfia do Câncer, afinal os serviços foram prestados e não houve desvios”, argumentou.
De açodo com Luiza, se trata tudo se trata do inconformismo da derrota nas urnas do candidato Edson Giroto para Alcides Bernal na última eleição. “Tudo que está acontecendo não será frutífero, tem que haver bom senso. Estão utilizando esse processo como politiqueiro”, acusa.
Estratégia – Se a base está intimando funcionários e eleitores para ir a Câmara nesta quinta-feira, Luiza se esquiva e rebate que Mário Cesar (PMDB), seus assessores e pessoas ligadas ao oposição estão se mobilizando para lotar os 364 lugares no julgamento para evitar entrada de populares. “Hoje fui buscar alguns documentos na Câmara e vi Mário César e seus assessores combinando para lotar o auditório da Câmara para evitar a manifestação popular”, acusou Luiza.
Os 29 vereadores foram convocados, na última terça-feira (24), para participar da sessão de julgamento, durante o recesso parlamentar, para decidir se Bernal terá denúncia de infração político-administrativa arquivada ou se perderá o mandato. A definição ocorre amanhã (26), a partir das 8h, na Câmara Municipal e deve considerar parecer favorável a cassação emitido pela Comissão Processante.
Na ocasião, o prefeito terá oportunidade de rebater seus acusadores por duas horas. Já os vereadores poderão se pronunciar por 15 minutos e, na hora da votação, todos os 29 terão direito a voto, inclusive o presidente da Processante, Edil Albuquerque (PMDB), o relator, Flávio César (PT doB) e o membro Alceu Bueno (PSL).
O presidente da Câmara, Mario Cesar (PMDB), já solicitou reforço na segurança para a sessão de julgamento, que vai ter limite de acesso ao Plenário Oliva Enciso e um telão instalado na área externa para que as pessoas possam acompanhar a votação que decidirá o futuro do mandato de Bernal.
