Bancada de MS tem empate na votação sobre denúncia contra Temer
Da bancada de Mato Grosso do Sul na Câmara dos Deputados, quatro parlamentares votam pelo arquivamento da investigação contra o presidente Michel Temer (PMDB) por corrupção e os outros quatro votaram pelo prosseguimento da denúncia.
Carlos Marun (PMDB), aliado declarado do comandante do país, votou “sim”, pelo arquivamento da acusação, cumprindo com o que já havia dito que faria. “Confio na inocência do presidente porque acredito que está governando bem o Brasil. Este relatório nada tem em termos de prova, voto sim ao relatório”, disse durante a declaração de voto.
Elizeu Dionizio (PSDB), Geraldo Rezende (PSDB) e Tereza Cristina (PSB) também votaram “sim” sem dar declaração de voto.
O PSDB, partido de Elizeu e Geraldo, liberou os deputados da bancada para votarem como quisessem. Já Tereza Cristina contrariou a orientação da legenda.
Dentre os que são a favor do prosseguimento da denúncia, Dagoberto Nogueira (PDT) foi o primeiro a votar “não”. “Estou convicto de que houve crime pelas provas robustas do processo e pelo que vem noticiando a imprensa nacional. Por isso, voto não”, declarou.
Vander Loubet (PT) e Zeca do PT também votam “não”. Já Luiz Henrique Mandetta (DEM) surpreendeu contrariando algumas lideranças do partido – dentre elas o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) – e votou a favor da denúncia contra o presidente.
Votação – Nesta quarta-feira (2), a sessão começou com a abertura de espaço para discussões, para depois chegar a fase da votação. São necessários 342 (votos) dos 513 deputados, para que o processo tenha continuidade e se a oposição não tiver os votos suficientes, o presidente só será investigado após deixar o cargo.
Até às 18h15, 165 deputados haviam votado, 98 pelo arquivamento da acusação contra Temer e 68 para que o presidente possa ser processado no STF (Supremo Tribunal Federal).
Michel Temer foi denunciado pela PGR (Procuradoria Geral da República) por corrupção passiva. O procurador Rodrigo Janot atribui o crime a Temer a partir do inquérito da Operação Patmos - investigação desencadeada com base nas delações dos executivos do grupo J&F, que controla a JBS.