Grupo ameaça invadir Burger King, apedreja ônibus e banca
Um grupo minoritário de manifestantes, composto por cerca de 30 pessoas, fez um verdadeiro arrastão de violência no final do protesto no centro de Campo Grande. Primeiro ameaçou invadir a lanchonete Burger King, provocando tumulto. Depois apedrejou um ônibus na Rua Padre João Crippa, defronte à Praça do Rádio Clube, onde o protesto começou. Por fim jogou pedras contra uma banca de jornal já na esquina da Av. Afonso Pena com a Rua Rui Barbosa.
O grupo de vândalos estava junto com cerca de 500 pessoas que tinham descido do ato em frente ao Paço Municipal. Aparentemente alguns dos jovens violentos estavam embriagados ou sob efeito de drogas. Aliás, em alguns trechos da passeata era possível sentir o cheiro de maconha.
A situação mais violenta ocorreu em relação ao ônibus, que ficou com todos os vidros quebrados, havendo risco de passageiros terem sido feridos, já que havia gente dentro deles. Parte dos jovens sentou em frente do ônibus e alguns, mais violentos, começaram a apedrejar o coletivo. Um rapaz, de aproximadamente 23 anos, estava sangrando após lançar ataques com os pés (voadoras) contra o ônibus.
Com a confusão e ameaça de invasão, na multinacional Burger King, clientes que estavam na parte ao ar livre entraram para a loja, que fechou as portas oito horas mais cedo do que de costume.
O gerente, Rafael Abreu, conta que chamou a Polícia três vezes e só na quarta conseguiu obter o socorro. Para evitar qualquer depredação, decidiu, então, encerrar o expediente que, em dias normais, termina às 5h20. Mesas e cadeiras que estavam do lado de foram guardadas e quem estava dentro da lanchonete precisou esperar alguns minutos para sair.
Manifestantes pacifistas tentaram impedir os mais exaltados. Chegou a ter briga entre eles, que acabaram fechando a Rua Padre João Cripa. A violência contra o ônibus fez o motorista, assim que pode, sair do local pela contramão. Policiais de moto chegaram ao local e a multidão se dispersou.
Parte dos depredadores seguiu então pela Avenida Afonso Pena, jogou pedras e passou a dar chutes contra a banca de jornal Atual, que fica na esquina da Afonso Pena com a Rui Barbosa. Aparentavam ser adolescentes entre a 14 a 16 anos.
