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Política

Não basta ser vice, Carlão quer secretaria para definir candidatura

Corrida eleitoral tem 6 pré-candidatos a prefeito da Capital, além de nomes fortes articulando apoios

Por Caroline Maldonado | 08/02/2024 12:56
Presidente da Câmara Municipal, vereador Carlos Augusto Borges, o “Carlão” (PSB). (Foto: Marcos Maluf)
Presidente da Câmara Municipal, vereador Carlos Augusto Borges, o “Carlão” (PSB). (Foto: Marcos Maluf)

O presidente da Câmara Municipal, vereador Carlos Augusto Borges, o “Carlão” (PSB), segue se colocando como "peça-chave" nas disputa eleitoral para a prefeitura neste ano. Ele é pré-candidato a prefeito da Capital, recebeu convites para ser candidato a vice-prefeito em outras chapas, mas não prevê se decidir tão logo.

Carlão deixou claro, desde o começo, que não tem problema em ser vice, mas agora diz que só vai resolver isso em junho. No quarto mandato, ele tem tempo e trajetória no legislativo, com base eleitoral forte na periferia de Campo Grande e, por isso, diz que se for para abrir mão de ser candidato a prefeito e ser vice, não vai aceitar por pouca coisa.

Na política, tem que respirar. Se você respirar, consegue errar menos. Não posso fechar com ninguém. A hora agora é ver onde tem um jeito de fazer a melhor política para fazer a sociedade. Tem vários candidatos chamando a gente para ser vice e estou analisando. Primeiro, que vice só eu não aceito de ninguém. Tenho que ser vice com alguma secretaria, com algum apoio, mas isso é 'lá na frente'", comentou Carlão.

O PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), o MDB (Movimento Democrático Brasileiro) e o Avante querem apoio do PSB (Partido Socialista Brasileiro), segundo o vereador, que também já foi procurado pela pré-candidata à reeleição prefeita Adriane Lopes (PP) e a senadora Tereza Cristina, maior articuladora dentro do partido.

Os três estiveram juntos na semana passada. O encontro foi para prestigiar a sessão inaugural da Câmara Municipal, mas eles não esconderam que o PP quer apoio do PSB. Dias depois, Adriane comentou que a  presença de Tereza foi importante no início do ano legislativo, porque traz mensagem de apoio como senadora para Campo Grande. “Ela tem apoiado a nossa gestão e nos acessos aos ministérios”, disse a prefeita, destacando a força de articulação de sua chapa.

Adriane conta que o partido busca parcerias para fazer a composição com candidatos que tenham condições de serem eleitos, o que acredita ser o caso de Carlão. “O vereador Carlão tem muita experiência, é um homem muito experimentado na política e não tenho dúvida que ele seria um bom nome”, comenta Adriane, embora deixe claro que "a decisão é da Senadora Tereza".

Dessa forma, se os partidos continuarem apostando alto no vereador, o cenário eleitoral seguirá sem definições por pelo menos mais 4 meses. As eleições ocorrem em outubro e só é permitido pedir votos 40 dias antes das votações, mas os candidatos “correm contra o tempo” muito antes para conseguir mostrar suas propostas aos eleitores. Não é novidade que o PSB colocaria um nome na disputa, pois desde agosto de 2023 já anunciava que faria alianças, o que fica pendente é como e com quem.

Disputa - A corrida tem seis pré-candidatos. Além da prefeita e do vereador Carlão, já são pré-candidatos o deputado federal Humberto Pereira, o “Beto Pereira” (PSDB), o vereador André Luís Soares da Fonseca, o “Prof. André” (Rede), Camila Jara (PT) e o deputado estadual Pedro Pedrossian Neto (PSD).

O nome da superintendente de Desenvolvimento do Centro-Oeste, Rose Modesto (União), também aparece nas pesquisas internas dos partidos, por isso ela tem recebido convites. Ela deve decidir seu rumo tendo em mãos pesquisa que será realizada após o Carnaval. O ex-governador André Puccinelli (MDB) já disse que tem interesses em participar de alguma forma das eleições e "tem conversas e um compromisso com Rose de não tomar nenhuma decisão sem definirem juntos".

O PP também busca apoio do procurador do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Sérgio Harfouche, que teve 48.094 votos defendendo bandeiras conservadoras, muito semelhantes a da prefeita, na disputa pela prefeitura em 2020.

O PDT (Partido Democrático Trabalhista) prevê colocar o deputado estadual Lucas de Lima (PDT) na concorrência.

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