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Política

Presidente da Câmara diz que “é possível” o afastamento de Bernal

Zemil Rocha e Luciana Brazil | 15/10/2013 13:40
Mario conduzindo sessão "histórica" que pode levar à cassação de Bernal (Foto: Cleber Gellio)
Mario conduzindo sessão "histórica" que pode levar à cassação de Bernal (Foto: Cleber Gellio)

O presidente da Câmara de Campo Grande, vereador Mario Cesar (PMDB), afirmou que há possibilidade de o prefeito Alcides Bernal (PP) ser afastado do cargo para não influenciar nos trabalhos da Comissão Processante, aprovada nesta terça-feira por 21 votos a oito. “É possível fazer isso, mas a comissão é que vai definir”, informou o dirigente.

A Comissão Processante foi formada apenas por vereadores que integram a oposição ao prefeito Alcides Bernal, o que pode favorecer a deliberação pelo afastamento do prefeito. O presidente é o vereador Edil Albuquerque (PMDB), o relator Flávio Cesar (PT do B) e o membro Alceu Bueno (PSL).

Segundo Mario Cesar, a Comissão Processante terá 90 dias para realizar seus trabalhos, a partir das denuncias que foram consubstanciadas no relatório final da CPI do Calote. Caso a comissão não termine seu parecer, após dar oportunidade de defesa ao prefeito Alcides Bernal, até dezembro, o presidente da Câmara disse que poderá haver convocação extraordinária do Legislativo.

Ao destacar que a aprovação da Comissão Processante é “fato histórico” inédito em Campo Grande, Mario Cesar garantiu que os trabalhos serão feitos com “transparência” e com “amplo direito de defesa” para o acusado de infração político-administrativa.

O presidente da Comissão Processante, Edil Albuquerque (PMDB), também destacou que vai fazer todos os trabalhos com segurança jurídica. “Os pareceres serão benefício da sociedade”, garantiu ele. “Vamos analisar todas as denúncias e respeitar aspectos jurídicos”, acrescentou o peemedebista.

Indagado sobre a possibilidade de afastamento do prefeito, Edil deu a entender que essa hipótese não está sendo considerada. “Vai ser tudo feito de forma jurídica. Nada será feito como se fosse um golpe político”, assegurou.

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