Problema de saúde adia colocação de tornozeleira eletrônica em Bumlai
Bumlai está em prisão domiciliar para tratamento de saúde e iria colocar tornozeleira hoje
A 12ª Vara de Execução Penal de São Paulo adiou audiência prevista para hoje, em que o pecuarista José Carlos Bumlai deveria comparecer para colocar a tornozeleira eletrônica. A nova data ainda será designada, mas já se sabe que ele ficará em São Paulo.
Desde o dia 18 de março de 2016, Bumlai cumpre prisão em regime domiciliar para tratamento de saúde, por conta de câncer na bexiga.
No dia 30 de julho, a juíza Carolina Lebbos, determinou que ele passe a cumprir prisão domiciliar, mas com tornozeleira eletrônica. O cumprimento antecipado da pena foi decidido pelo TRF (Tribunal Regional Federal) da 4ª Região, após o julgamento dos recursos apresentados à segunda instância.
Havia pendência se Bumlai viria para Mato Grosso do Sul, onde tem família residindo, porém, o advogado Conrado de Almeida Prado, que representa o pecuarista, disse que essa audiência será em São Paulo.
Conrado explicou que o adiamento foi determinado justamente pelo tratamento, já que o pecuarista esteve recentemente internado no Hospital Sírio Libanês, em decorrência de isquemia.
Bumlai e mais mais 10 investigados na Operação Lava Jato foram denunciados pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Pela denúncia do MPF (Ministério Público Federal), o pecuarista usou contratos firmados com a Petrobras para quitar empréstimos com o Banco Schahin.
Depoimentos de investigados que assinaram acordos de delação premiada revelam que o empréstimo de R$ 12 milhões destinava-se ao PT e foi pago mediante a contratação da Construtora Schahin como operadora do navio-sonda Vitória 10.000, da Petrobras, em 2009.
Bumlai foi condenado a 9 anos e 10 meses de reclusão por gestão fraudulenta de instituição financeira e corrupção. A defesa de Bumlai já apresentou recurso aos tribunais superiores. O pecuarista também foi condenado a pagar R$ 82,4 milhões em multa e reparação de danos.
Bumlai foi também condenado, em primeira instância, na ação que envolve o sítio de Atibaia a 3 anos e 9 meses de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro. A pena ainda não foi confirmada pelo TRF-4. (Com informações do jornal O Globo).