Reinaldo e Marquinhos atacam tese do “quanto pior, melhor” e fake news
Críticas de adversários também foram pontuadas pelo secretário Marcelo Miglioli; para eles, rivais na política adotam postura dúbia e insistem em discurso de torcida contra o Estado
Evento na manhã desta segunda-feira (26) que confirmou a construção de mais de 1,1 mil casas populares em Campo Grande abriu espaço para que tanto o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) como o prefeito Marquinhos Trad (PSD) respondessem a críticas de adversários políticos às vésperas do período eleitoral. Segundo eles, prováveis rivais nas urnas têm se pautado pela teoria do “quanto pior, melhor”, a fim de desgastar as administrações, ignorando de propósito as ações que saíram do papel e deram resultado.
Nos discursos e nas entrevistas a jornalistas, Marquinhos, Reinaldo e o secretário de Estado de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, reclamaram das críticas vindas de grupos políticos rivais, que se intensificaram por meio de redes sociais e às vésperas das eleições de outubro deste ano –e que, segundo o prefeito, pautam-se pela “baixaria”. Todos reclamaram das redes sociais, em alusão tanto a críticas abertas quanto às chamadas "fake news", mentiras propagadas na internet.
Marquinhos e o governador, em contraponto, frisaram o “clima de harmonia” entre as gestões estadual e de Campo Grande, que resultaram em outras realizações na Capital. “Muitos torcem contra a cidade e o Estado com a política do ‘quanto pior, melhor’. Torcem para que as coisas, em termos de recursos e obras, não venham para cá”, afirmou o prefeito. “Batem nas nossas costas, mas por trás agridem, ofendem e fazem críticas nas redes sociais”, prosseguiu.
“Há muita harmonia e respeito entre os poderes, mesmo sendo de partidos diferentes”, destacou Marquinhos, segundo quem as duas administrações “têm feito o que não fizeram em gestões passadas. Há muita dor de cotovelo nessas críticas”.
Ainda conforme Marquinhos, tanto ele como Reinaldo têm feito projetos em conjunto, citando como exemplos o recapeamento da avenida Euler de Azevedo e o fato de, em Brasília, o governador ter solicitado que os deputados federais do PSDB ajudassem o prefeito na articulação para liberação de recursos federais –incluindo para financiamento do recapeamento da cidade, discutido na semana passada. O prefeito afirmou que, mesmo diante desse cenário, “as críticas continuam, já que em épocas de campanha começa a baixaria”.
Torcida contra – Miglioli, por sua vez, também ressaltou os efeitos das críticas. “Infelizmente temos de lidar com essa política do ‘quanto pior, melhor’. Eles [adversários] torcem para que as coisas deem errado em minha pasta, dizendo que não vou entregar obras que prometemos e que vou deixar o governador em maus lençóis”, afirmou o secretário, garantindo que cumprirá todo o cronograma de ações previsto para a gestão estadual.
“As críticas acontecem porque não enxergam as coisas boas, o esforço, muitas vezes sobre-humano, que os órgãos fazem para concluir projetos e conseguir recursos”, destacou Reinaldo, citando a parceria que viabilizou as unidades habitacionais para a Capital. “Nossa sintonia está fina, já que hoje governo e prefeitura trabalham juntos”.
Em um tom mais pesado direcionado a adversários, Reinaldo afirmou que os ataques também são um meio de acobertar a falta de realizações de seus mesmos autores quando estiveram no poder. “Essas críticas são um pano de fundo para encobrir a incompetência de grupos que não tiveram a capacidade de montar equipes e fazer um bom trabalho”, disparou o governador, segundo quem as atuais gestões conseguiram obter resultados em um momento adverso do país.
“É fácil fazer na bonança. Mas estamos conseguindo recursos em uma época de crise”, complementou Reinaldo, ao pontuar que a relação também é boa com os prefeitos do interior. “Conseguimos avançar nos 79 municípios. Se não tivéssemos essa boa sintonia, os projetos não dariam certo, pois é preciso trabalho integrado”.