Capital está entre as cidades mais populosas que convivem com barragem de risco
Cerca de 3,5 milhões de pessoas vivem nas cidades brasileira onde estão localizadas barragens com risco de rompimento, aponta levantamento da Folha com base em estudo da ANA
Cerca de 3,5 milhões de pessoas vivem nas cidades brasileira com onde estão localizadas barragens com risco de rompimento – número representa aproximadamente 2% da população do país. Dentre as mais populosas, Campo Grande aparece em 1º lugar.
O levantamento feito pela Folha de S. Paulo foi divulgado nesta quinta-feira (31). O dado é baseado em relatório da ANA (Agência Nacional de Águas) divulgado no fim do ano passado, com informações de 2017, apontou que 45 estruturas do tipo apresentavam falhas estruturais. Elas estão espalhadas por 13 estados e mais de 30 municípios.
Dentre os problemas citados, estavam infiltrações, buracos, rachaduras e falta de documentos que garantissem a segurança da estrutura.
Na Capital – Em Campo Grande, onde vivem 885.711 pessoas – segundo estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) –, trata-se da barragem construída pela Águas Guariroba, concessionária do abastecimento de água e tratamento de esgoto, no córrego Lageado – de onde é captado 16% da água que abastece a cidade.
Depois da Capital, Cariacica (ES) e Pelotas (RS) também estão na lista das cidades mais populosas que convivem com barragens de risco. Em São Paulo, há duas: Americana e Pirapora do Bom Jesus.
A barragem, segundo o relatório, apresentou problema na vedação do vertedor. A preocupação com a segurança foi repassada pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), que fiscaliza as barragens.
Além de preocupar autoridades, o relatório classifica empreendimentos com alto DPA (Dano Potencial Associado) e alto CRI (Categoria de Risco Alto).
Outro lado – Por meio da assessoria de imprensa, a Águas Guariroba informou que “já adota as recomendações apresentadas pela ANA no Relatório de Segurança de Barragens – 2017”.
“Vale ressaltar que a operação da barragem está segura e é monitorada pela concessionária. As medidas recomendadas são apenas manutenções pontuais de impermeabilização que não representam riscos para a estabilidade e segurança da unidade”, completou a concessionária por meio de nota.
(*) Matéria editada para correção de informações às 17h26.