Comunidade com 19 pessoas está na rota se barragem romper em MS
Moradores vivem praticamente ao lado de duas barragens de rejeito de minério em Corumbá
Uma comunidade de 19 pessoas fica situada entre duas barragens de rejeitos de minério em Corumbá, município a 419 quilômetros de Campo Grande. O local está na rota em que a lama escoaria, em caso de rompimento da represa.
Uma das barragens em questão é a do Gregório, da Vale, a que mais preocupa, pois é a maior, com capacidade para 9 milhões de metros cúbicos. A de Brumadinho tinha capacidade de 12,7 milhões de metros cúbicos. A outra é a Barragem Sul, da Vetorial (que comprou a MMX), com capacidade bem menor, de 600 mil metros cúbicos.
Segundo a assessoria de imprensa do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), ligado à Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), o órgão tem conhecimento comunidade e confirmou que são 19 pessoas vivendo no local. Entretanto seriam ainda informações preliminares e ainda não documentadas repassadas pelo chefe de Fiscalização da Agência Nacional de Mineração, Luís Cláudio de Souza. Durante a vistoria agendada para esta quarta-feira (30) mais informações serão coletadas e disponibilizadas.
O Imasul informou que a comunidade teria passado por um treinamento com a Defesa Civil de Corumbá. Para o caso de um possível rompimento de barragem, eles já têm uma rota de fuga definida e estão cientes da sirene de aviso de algum incidente.
A comunidade está a aproximadamente 5 quilômetros de distância em linha reta da Barragem do Gregório, de acordo com medição pelo Google Maps.
Tanto a barragem Sul como a do Gregório foram classificadas como DPA (dano potencial associado) alto no Relatório de Segurança de Barragens 2017 da ANA (Agência Nacional de Águas). A agência compila as informações de fiscalização realizadas em represas pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) - para o caso de represas hidrelétricas - e pela ANM - em relação a barragens de rejeito de minério. Entretanto ambas foram classificadas como CRI (categoria de risco) baixo.