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Cidades

Consórcio não paga e empreiteira quer deixar obra da bioceânica

Pelo menos 30 funcionários estão parados pelo atraso que completa 2 meses; empresa ameaça desmobilizar equipe

Por Lucia Morel | 18/12/2023 15:46
Trabalhadores da W&L parados por falta de pagamento. (Foto: Direto das Ruas)
Trabalhadores da W&L parados por falta de pagamento. (Foto: Direto das Ruas)

Proprietário da empresa W&L Construções, do Espírito Santo, espera pagamento de R$ 250 mil do consórcio Pybra, responsável pela obra da ponte Bioceânica entre Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta, no Paraguai. Carlos Roberto Lameira conta que há atraso de pagamento desde outubro e os 30 trabalhadores que ele terceiriza para o consórcio estão parados desde semana passada.

“Eles nunca pagaram certinho, em dia. Mas agora atrasou demais. Os trabalhadores só querem receber e voltar para casa”, contou, dizendo que a ponte Bioceânica é a única em que a W&L atua no momento. Entre salários e rescisões, o pagamento devido pela Pybra chega a R$ 250 mil, segundo Lameira.

Dos 30 funcionários, 22 são de outros estados, principalmente do Nordeste. O empreiteiro reforçou ainda que a empresa só foi formada para poder atuar na obra em Porto Murtinho e que o desejo agora é apenas desmobilizar a equipe e ir embora. “Se não houver acordo, como parece, o jeito vai ser entrar com ação no Ministério Público do Trabalho”, ressaltou.

Lameira comentou ainda que os salários dos funcionários variam de R$ 2,2 mil a R$ 5 mil dependendo da função e que inicialmente, segundo ele, o contato direto era com a Paulitec, uma das três empresas do consórcio Pybra que são responsáveis pela construção da ponte. Entretanto, depois do início da obra, todas as negociações passaram a ser com a Pybra, cujo responsável geral é o engenheiro Paulo Leitão.

Trabalhadores parados no canteiro de obras da ponte bioceânica. (Foto: Direto das Ruas)
Trabalhadores parados no canteiro de obras da ponte bioceânica. (Foto: Direto das Ruas)

“Desde outubro estamos sem receber e já estamos passando dificuldade. A proposta deles é pagar apenas os funcionários, sem repassar os valores de combustível, de alimentação e de alojamento”, lamentou. Ele disse ainda que os demais trabalhadores que atuam na construção do lado brasileiro são de empresas paraguaias e que certamente, também não estão recebendo. A reportagem tentou contato com funcionários da obra, mas eles não quiseram falar.

Em contato com a Leitão, da Pybra, ele não respondeu a mensagem. O Campo Grande News ainda entrou em contato direto com as empresas que compõem o consórcio: as brasileiras Paulitec e Cidade Ltda e a paraguaia, Tecnoedil Ltda, mas não houve retorno até a publicação desse material.

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