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Cidades

Mais de um terço de domicílios de MS não tem acesso à rede esgoto

Meta do governo é oferecer saneamento básico para 99% da população até 2033

Jhefferson Gamarra | 16/06/2023 16:12
Rede de esgoto desaguando em córrego da Capital (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Rede de esgoto desaguando em córrego da Capital (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

O acesso ao esgotamento sanitário ainda está distante do ideal em Mato Grosso do Sul, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (16) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). De acordo com o estudo "Características gerais dos domicílios e dos moradores 2022", mais de um terço dos domicílios sul-mato-grossenses ainda não tem acesso ao esgoto.

Em 2022, dos 980 mil domicílios particulares ocupados em Mato Grosso do Sul, apenas 57,3% possuíam banheiro de uso exclusivo com escoamento do esgoto pela rede geral ou fossa séptica ligada à rede. Nas áreas urbanas, todos os domicílios dispunham de banheiro de uso exclusivo, porém apenas 62,2% deles tinham acesso à rede geral de esgoto.

Já entre os domicílios em situação rural, dos 91 mil imóveis, somente 7,7% contavam com escoamento do esgoto pela rede geral ou fossa séptica ligada à rede geral, sendo que a maioria utilizava fossa séptica não ligada à rede geral (52,7%) ou outro tipo de escoamento (39,5%).

Para cumprir o novo marco legal do saneamento básico, estabelecido pela Lei nº 14.026/2020, o governo de Mato Grosso do Sul tem como meta oferecer saneamento básico para 99% da população até 2033. No entanto, a expectativa é de assegurar esgotamento sanitário para 1,7 milhão de pessoas até 2031, dois anos antes do prazo previsto no marco legal.

Para chegar ao objetivo, o governo investirá com recursos próprios R$ 176 milhões e mais R$ 220 milhões em PPP (Parceria Público-Privada) ainda este ano, totalizando R$ 396 milhões em obras de saneamento.

“Este ano, serão R$ 176 milhões em saneamento por parte do Governo do Estado, e mais R$ 200 milhões do nosso parceiro dentro da PPP da Sanesul, caminhando fortemente para a universalização do saneamento básico. É algo transformador para nosso Mato Grosso do Sul modernizar a infraestrutura”, afirmou o governador Eduardo Riedel no evento de lançamento do plano de matas do primeiro ano de sua gestão.

Em comparação com o restante do Brasil, Mato Grosso do Sul apresenta um índice menor de domicílios com acesso ao esgotamento sanitário. Enquanto no país 69,5% dos imóveis o escoamento do esgoto é feito pela rede geral ou fossa séptica ligada à rede, no Estado esses números ficam em 62,2%.

A pesquisa também evidencia diferenças regionais significativas na cobertura de acesso à rede geral de esgotos. As regiões Norte e Nordeste apresentam as menores proporções, com 31,1% e 50,1%, respectivamente, enquanto a região Sudeste destaca-se com a maior cobertura, atingindo 89,1%. Já as regiões Sul e Centro-Oeste registraram 69,8% e 61,2%, respectivamente.

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