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Capital

"Feliz, apesar de não tirar dor de todos dias", diz mãe após prisão de assassina

Nayara Nóbrega dos Santos foi encontrada na noite de ontem após sete meses foragida

Por Ana Paula Chuva | 04/01/2024 16:08
Carolina foi morta com quatro tiros aos 23 anos (Foto: Facebook | Reprodução)
Carolina foi morta com quatro tiros aos 23 anos (Foto: Facebook | Reprodução)

Após receber a notícia da prisão de Nayara Francine Nóbrega dos Santos, 25 anos, Márcia de Souza Leandro, 44 anos, se diz muito feliz, mesmo sabendo que a dor de não ter a filha Carolina Leandro Souto, conhecida como Karolzinha, não passa. A jovem foi assassinada com quatro tiros em agosto de 2020 e a autora estava foragida desde maio deste ano, quando foi condenada pelo crime.

Ao Campo grande News, Márcia contou que soube da notícia ainda na noite de quarta-feira (3), logo após a prisão da jovem em Bragança Paulista, cidade no interior de São Paulo. “Uma amiga minha mora lá e me contou. Fiquei muito feliz, apesar de não tirar a dor que tenho todos os dias de não ter mais minha filha”, declarou a mulher.

De acordo com o boletim de ocorrência, Nayara foi presa por equipe do 31º Batalhão da Polícia Militar de Bragança Paulista, por volta das 19h de ontem. A jovem foi encontrada em uma casa na Rua Sangiovese, Bairro Quinta dos Vinhedos.

Ela foi levada para a delegacia de Polícia Civil da cidade a mais de 1.000 km de Campo Grande e está à disposição da Justiça. Vídeo mostra o momento em que Nayara é retirada de viatura. Veja abaixo.

Caso - O crime aconteceu no dia 31 de agosto de 2020, por volta das 10h, na Rua Independente, no Jardim Aeroporto, em Campo Grande. Durante o julgamento, a promotora de vendas Vitória da Silva Martins, testemunha de defesa, afirmou ao juiz que Nayara era ameaçada por Karolzinha. Antes de brigarem, as duas eram amigas, mas se desentenderam por causa de roupa.

No domingo (30), houve outra confusão em uma festa envolvendo as duas. No dia seguinte, Karolzinha foi morta quando estava sentada com as amigas em frente a casa onde morava. Ela chegou a ser socorrida pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas não resistiu. Nayara se apresentou à polícia três dias depois, entregou a arma utilizada no crime e nunca foi presa.

Em dezembro de 2020, Nayara foi denunciada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul pelo homicídio qualificado e por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e acabou condenada no dia 30 de maio do ano passado.

Na ocasião, ela não apareceu ao julgamento na 1ª Vara do Tribunal do Júri e foi sentenciada a 12 anos de prisão em regime fechado por homicídio qualificado e porte ilegal de arma de fogo. Logo após a decisão, o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida determinou a expedição do mandado de prisão e a jovem passou a ser considerada foragida.

Nayara e o advogado na delegacia três dias após o crime (Foto: Henrique Kawaminami | Arquivo)
Nayara e o advogado na delegacia três dias após o crime (Foto: Henrique Kawaminami | Arquivo)

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