Gilmar Olarte e empresa que cuidou de cemitérios têm bens bloqueados
Os bens do ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (Pros), e da empresa Taira Prestadora de Serviços, foram bloqueados pela Justiça a pedido do MPE (Ministério Público Estadual), que alega que o contrato entre ambos para cuidar dos cemitérios da Capital foi irregular, com problemas como superfaturamento.
A decisão foi proferida pela juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, na segunda-feira (10), em ação que aponta improbidade administrativa.
Em 2015, Olarte cancelou uma licitação para escolher a empresa que faria os serviços de conserva dos três cemitérios públicos de Campo Grande - Santo Amaro (região oeste), Santo Antônio (sul) e São Sebastião (norte).
No lugar, foi feito um contrato emergencial com a empresa Taira Prestadora de Serviços. Na última renovação de contrato, em 16 de julho de 2015, o valor estipulado foi de R$ 1.162.800, dividido em pagamentos mensais de R$ 193.800. A validade era de 180 dias, ou seja, durando até 3 de janeiro de 2016.
Diante da situação, o MPE passou a apurar o caso, abrindo inclusive um inquérito civil. Na investigação realizada, foi indicado que houve superfaturamento de aproximadamente R$ 700 mil, valor que equivale a 140% em comparação ao anterior, mesmo que não tenha havido aumento de área, covas e funcionários contratados.
A reportagem tentou contato com o ex-prefeito Gilmar Olarte no começo desta noite, mas não conseguiu contato com ele. Já o dono da empresa, Milton Taira, afirmou que ainda não foi notificado da decisão e que tem poucas informações a respeito. Além do bloqueio, é pedido pelo MP que a empresa não possa fazer contratos públicos.