Polícia deve ouvir familiares de ex-diretor do HU na próxima semana
A Polícia Civil deve ouvir, a partir do final da próxima semana, familiares e amigos mais próximos do médico cardiologista José Carlos Dorsa, encontrado morto em uma sauna no Centro da Capital, na noite do último domingo (11).
“Eles estão muito abalados por conta do ocorrido ter sido ainda muito recente. Então vamos dar mais um tempo para ouví-los durante o inquérito”, pontua a delegada responsável pela investigação, Daniella Kades, da 1ª DP (Delegacia de Polícia).
A médica e enfermeira do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) que atenderam a ocorrência, também foram intimadas.“Eles já foram oficiados e devem ser ouvidos no próximos dias. Um outro cliente também foi identificado e está com depoimento agendado para a semana que vem”, comentou.
A Polícia Civil também teve acesso a comanda de consumo do médico cardiologista.No comprovante consta apenas o consumo de água, citrus e isotônico. Até o momento cerca de seis pessoas foram ouvidas durante o inquérito.Dentre eles o dono, quatro funcionários e um cliente da sauna onde o médico estava. Todos os depoimentos confirmam a versão de que Dorsa morreu depois de passar mal.
Morte - Segundo boletim de ocorrência, a vítima foi encontrada de bruços no 2ª andar do estabelecimento - onde, segundo o registro policial, há uma "sala de televisão".Ainda conforme relatos de testemunhas, a família de Dorsa foi acionada antes do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
Enquanto aguardavam o socorro, dois funcionários da casa de massagem ajudaram a socorrer o cardiologista com massagens cardíacas.Conforme a Polícia Civil, o médico passou mal e teve uma convulsão. A médica, que fez o primeiro atendimento, disse que o cardiologista tinha uma "punção" no braço, provavelmente referente à aplicação de algum medicamento.
O médico tinha lesão no supercílio e no rosto, lesões compatíveis com a queda e a convulsão, causadas quando se debatia no chão.
Investigado - Dorsa era um dos envolvidos na “Máfia do Câncer”, esquema investigado pela Polícia Federal. Ele respondia na Justiça por falsificação de documentos, uso de documento falso, peculato, formação de quadrilha e fraude em licitação.
Ao todo ele era alvo de dez ações judiciais decorrentes da “Máfia do Câncer” apuradas pela operação Sangue Frio, entre denúncias cíveis e criminais.