Problema crônico denunciado pelo Campo Grande News, fios soltos são investigados
Promotoria investiga as diversas ocorrências de fiação solta nos postes de energia da cidade
Baseado em diversas matérias jornalísticas do Campo Grande News e uma denúncia de moradores do Condomínio Via Parque, no Bairro Vivendas do Parque, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul, através da 43ª Promotoria de Justiça, investiga as diversas ocorrências de fios soltos nos postes de energia da cidade.
No dia 1º de fevereiro, depois que moradores denunciaram caso de tronco de árvore pendurado em fios de energia na Rua Gonçalo Alves, no Santa Fé, à reportagem, eles levaram a situação também ao MP. “Mesmo com inúmeras solicitações feitas à Energisa S.A, esta não realiza o reparo necessário, mesmo estando ciente do risco de acidentes e do risco de falta de fornecimento de energia elétrica”.
Após as denúncias, entretanto, a concessionária foi até o local e retirou o galho que colocava a fiação em risco, segundo o trabalhador Valdomiro Rodrigues da Silva, 63 anos, que faz serviço de pintura em casa bem perto do local. “Faz mais ou menos uns 15 dias que retiraram aí”, comentou.
Outro local que consta na investigação é a Rua 123, no Bairro Nova Campo Grande. Em setembro do ano passado, fios soltos na via causaram acidente e feriram um motociclista. Fio de internet de empresa de telefonia enroscou na motocicleta. A situação nesse local específico já foi solucionada, mas o problema é recorrente.
“Eu estava aqui no dia do acidente. O rapaz é cliente meu. Ele ficou todo machucado e o fio estava no pescoço dele”, disse. Segundo ele, o grande movimento de caminhões nas ruas do bairro é que causa a queda da fiação, que se rompe com a passagem dos veículos. “Esses dias teve outro acidente por causa dos fios, mas de menor gravidade”.
No Bairro Santa Emília ocorreu situação semelhante que também vitimou uma motociclista em janeiro do ano passado. Ela seguia de moto pela Rua Capitão Airton P. Rebouças, esquina com a Rua Conde de Boa Vista, quando foi surpreendida pela fiação. “Um casal estava de moto na minha frente e só lembro que a moça gritou: ‘Olha o fio’. No momento em que ela gritou, o fio pegou no meu pescoço”, explicou na época.
Atualmente, a situação já está solucionada por lá, mas o comerciante na rua Sebastião Dias, de 48 anos, disse que as empresas responsáveis pelos fios fazem direto a troca de fiação e acabam deixando os inutilizados exposto. “Passa alguém de moto, puxa o fio e acontece o acidente”, comentou. Segundo ele, por todo bairro há fiação pendurada.
Na notícia de fato instaurada para investigar a situação, a única empresa acionada foi a Energisa, que pediu ampliação de prazo para responder aos questionamentos da promotoria, que vence em 3 de março.
