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Interior

Câmara rejeita relatórios e mantêm processos para cassar vereadores

Sessão terminou por volta de meia-noite com a rejeição do parecer pelo arquivamento do pedido de cassação de Idenor Machado e Denize Portolann; Idenor sai da prisão hoje

Helio de Freitas, de Dourados | 13/03/2019 07:43
Vereadores durante sessão que terminou por volta de meia-noite (Foto: Divulgação)
Vereadores durante sessão que terminou por volta de meia-noite (Foto: Divulgação)

Os processos de cassação dos mandatos dos vereadores Idenor Machado (PSDB) e Denize Portolann (PR) por quebra de decoro parlamentar vão continuar na Câmara de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande.

Em sessão que terminou por volta de meia-noite, os vereadores votaram contra o arquivamento dos pedidos de cassação, feitos no dia 4 de fevereiro por um movimento contra a corrupção formado por 29 entidades.

Os pareceres pelo arquivamento tinham sido entregues na segunda-feira (11) pelos relatores Junior Rodrigues (PR), no caso de Idenor Machado, e Mauricio Lemes Soares (PSB), da comissão processante contra Denize.

Entretanto, no momento da votação em plenário os próprios relatores e demais membros das comissões votaram a favor da continuidade dos processos de cassação.

No caso de Idenor Machado, a continuidade do pedido de cassação foi aprovado com 17 votos favoráveis. Os suplentes Toninho Cruz e Marinisa Mizoguichi (os dois do PSB) não votaram por serem partes interessadas na cassação.

O parecer pelo arquivamento do processo de cassação de Denize Portolann foi rejeitado por 18 votos. A suplente Lia Nogueira (PR) não votou por também ser parte interessada.

Toninho, Marinisa, Lia e o também suplente Marcelo Mourão (PRB) assumiram em novembro e dezembro do ano passado, logo após as prisões de Denize, Idenor, Pedro Pepa e Pastor Cirilo Ramão.

Com a decisão tomada em plenário, os processos de cassação vão continuar. O prazo para apresentação do relatório final termina em maio.

Os pareceres das comissões processantes contra Pedro Pepa e Cirilo Ramão serão apresentados na semana que vem. O prazo foi prorrogado a pedido da defesa.

Idenor, Cirilo e Pepa foram denunciados com outras 11 pessoas na Operação Cifra Negra, que investiga esquema criminoso de pagamento de propina a vereadores e servidores por empresas de tecnologia contratadas pela Câmara a preços superfaturados. Idenor e Cirilo estão presos, mas ontem o Tribunal de Justiça concedeu habeas corpus e os dois devem sair hoje da penitenciária.

Denize Portolann é acusada de integrar a organização criminosa instalada no setor de licitação da prefeitura, chefiada pelo ex-secretário de Fazenda João Fava Neto e pelo ex-diretor de licitação Anilton Garcia de Souza. Ela está presa desde 31 de outubro.

A trama envolvia dispensa ilegal de licitação para contratação de empresas aliadas do esquema, que retribuíam pagando propina aos servidores municipais.

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