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Interior

MPF acompanha situação em área ocupada por indígenas e três continuam presos

O ministério verifica se houve ação ilegal da Polícia Militar ao retirá-los da área ontem

Lucia Morel e Silvia Frias | 04/03/2023 11:53
Indígena e policiais militares em área ocupada ontem, em Rio Brilhante. (Foto: Conselho Indigenista Missionário)
Indígena e policiais militares em área ocupada ontem, em Rio Brilhante. (Foto: Conselho Indigenista Missionário)

O MPF (Ministério Público Federal) está em Rio Brilhante acompanhando a situação dos indígenas em área de ocupação na Fazenda do Inho, chamada de retomada Laranjeira Nhanderu pelos povos tradicionais. Conforme advogado dos indígenas, Anderson Santos, o ministério verifica se houve ação ilegal da Polícia Militar ao retirá-los da área ontem.

Três nativos foram detidos, sendo eles o cacique Adalto Barbosa, a professora Clara Barbosa e um jovem identificado como Lucas, de 18 anos. Eles ainda estão presos na sede da delegacia da cidade e boletim de ocorrência contra eles foi registrado como resistência, desobediência e esbulho possessório.

Representantes do MPF na área em Rio Brilhante. (Foto: Advogado Anderson)
Representantes do MPF na área em Rio Brilhante. (Foto: Advogado Anderson)

Esta é a segunda vez em um ano que os indígenas ocupam a Fazenda Do Inho e são despejados pela polícia. Em 27 de fevereiro do ano passado, o grupo foi retirado à força pelo Batalhão de Choque, mesmo sem ordem judicial. Na época, o Cimi denunciou que três indígenas ficaram feridos por balas de borracha.

A fazenda pertence aos herdeiros de Raul das Neves. O filho dele, Raul das Neves Júnior, o Raulzinho, é presidente do Partido dos Trabalhadores em Rio Brilhante. A reportagem tentou falar com ele, mas o proprietário não se manifestou.

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