Após ataque a indígenas, Sindicato Rural solicita audiência com ministro
Presidente de entidade em Aral Moreira diz que fazendeiros desconhecem situação e que não querem "confusão"
Proprietários de terras na região Amambai e Aral Moreira, no Sul do Estado, querem um audiência com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, ainda esta semana. O pedido foi feito em razão das acusações, por parte de índios guarani-kaiowvá acampados na região, de que o local foi invadido por pistoleiros e um líder espiritual da comunidade, Nísio Gomes, foi executado a balas e outros índios ficaram feridos.
“Queremos Justiça”, afirmou o presidente do Sindicato Rural de Aral Moreira, Osvin Mittanck. Justiça, segundo ele, é a desocupação da fazenda invadida e a garantia da Funai (Fundação Nacional do Índio) e do Cimi (Conselho Indigenista Missionári) de não incentivarem novas invasões.
O objetivo da audiência solicitada, conforme Mittanck, é “esclarecer toda essa questão”. Segundo ele, a Polícia Federal está tendo livre acesso na área mesmo sem autorização judicial.
Sobre o ataque ao acampamento, até agora relatado só pelos índios, por meio do Cimi, que divulgou diversas informações a respeito, Mittanck foi categórico. “Não tenhos conhecimento disso”.
De acordo com ele, o acampamento dos índios guarani-kaiowá foi montado há dez dias, quando invadiram a área. Desde então, afirma, nem funcionários nem proprietários tiveram mais acesso aos locais.
“Os fazendeiros não querem confusão”, afirma. Segundo ele, foi oferecido apoio aos índios para uma saída pacífica, com a intermediação de moradores de uma outra aldeia.
Conforme Mittanck, o ataque foi relatado um dia depois de os donos das áreas pedirem reintegração de posse à Justiça. Segundo ele, como não há certeza sobre qual propriedade está ocupada, foi solicitado também o interdito proibitório, ou seja, que a Justiça vete novas ocupações.
Segundo o produtor rural os índios estão numa região que fica entre as fazendas Querência Nativa, Flor de Maio e Chimarrão.
De acorco com ele, os donos, que não vivem na região, estavam sendo orientados a decidir a questão na via jurídica. “Não foi contrato um segurança, as porteiras estão abertas, e tem funcionários que até já se mudaram”.
Uma proprietária de área vive em Brasília, e veio para a região após a situação se tornar pública, outro é de Terra Roxa (PR) e um terceiro de Ponta Porã. Nenhum deles foi localizado pela reportagem.
Ainda de acordo com o presidente do Sindicato Rural, as lavouras de soja das fazendas estão prejudicadas, porque os índios não permitem a entrada de funcionários.
Proprietários de terras na região Amambai e Aral Moreira, no Sul do Estado, querem um audiência com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, ainda esta semana. O pedido foi feito em razão das acusações, por parte de índios guarani-kaiowvá acampados na região, de que o local foi invadido por pistoleiros e um líder espiritual da comunidade, Nísio Gomes, foi executado a balas e outros índios ficaram feridos.
“Queremos Justiça”, afirmou o presidente do Sindicato Rural de Aral Moreira, Osvin Mittanck. Justiça, segundo ele, é a desocupação da fazenda invadida e
a garantia da Funai (Fundação Nacional do Índio) e do Cimi (Conselho Indigenista Missionári) de não incentivarem novas invasões.
O objetivo da audiência solicitada, conforme Mittanck, é “esclarecer toda essa questão”. Segundo ele, a Polícia Federal está tendo livre acesso na área mesmo sem autorização judicial.
Sobre o ataque ao acampamento, até agora relatado só pelos índios, por meio do Cimi, que divulgou diversas informações a respeito, Mittanck foi categórico. “Não tenhos conhecimento disso”.
De acordo com ele, o acampamento dos índios guarani-kaiowá foi montado há dez dias, quando invadiram a área. Desde então, afirma, nem funcionários nem proprietários tiveram mais acesso aos locais.
“Os fazendeiros não querem confusão”, afirma. Segundo ele, foi oferecido apoio aos índios para uma saída pacífica, com a intermediação de moradores de uma outra aldeia.
Conforme Mittanck, o ataque foi relatado um dia depois de os donos das áreas pedirem reintegração de posse à Justiça. Segundo ele, como não há certeza sobre qual propriedade está ocupada, foi solicitado também o interdito proibitório, ou seja, que a Justiça vete novas ocupações.
Segundo o produtor rural os índios estão numa região que fica entre as fazendas Querência Nativa, Flor de Maio e Chimarrão.
De acorco com ele, os donos, que não vivem na região, estavam sendo orientados a decidir a questão na via jurídica. “Não foi contrato um segurança, as porteiras estão abertas, e tem funcionários que até já se mudaram”.
Uma proprietária de área vive em Brasília, e veio para a região após a situação se tornar pública, outro é de Terra Roxa (PR) e um terceiro de Ponta Porã. Nenhum deles foi localizado pela reportagem.
Ainda de acordo com o presidente do Sindicato Rural, as lavouras de soja das fazendas estão prejudicadas, porque os índios não permitem a entrada de funcionários.
Desconfiança-O presidente do Sindicato Rural diz que a classe se sente indignada com a suspeitas que são lançadas contra eles e afirma que os índios são “usados” tanto pela Funai (Fundação Nacional do Índio) quanto pelo Cimi.
Ele fala, inclusive, em suspeitas de que os ataques sejam forjados para jogar a culpa nos fazendeiros. Diz que desconfia da veracidade dos relatos e que eles tenham sido feitos pelos indígenas. “Como que pode, se eles não tinham celular, por exemplo”?
“Nós duvidamos da capacidade dos índios de fazer esses relatos”. Ainda de acordo com o fazendeiro, é no mínimo estranho que sempre que invasões motivam ações judiciais, acabam terminando da mesma forma, com morte de índio e corpos desaparecidos, como é o caso atual. “Todos os locais onde existe invasão o final da história é o mesmo”
Indagado sobre a suspeita de que que sejam situações forjadas, disse que cabe à Justiça avaliar isso.
As áreas estão sendo identificadas como terra indígena, como parte de um acordo firmado pelo Ministério Público Federal para demarcação das terras que, pela Constituição, devem ser devolvidas as nações indígenas.
Para o presidente do Sindicato Rural, o grande problema disso tudo é o fato de não haver previsão de pagamento pelas terras aos proprietários rurais. Segundo ele, se houvesse, eles topariam deixar as áreas.
Ele também questiona a avaliação das terras como indígenas. Diz que uma das proprietáris tem mais de 70 anos e herdou a terra. “Se houve índio ali, foi há mais de 150 anos”.