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Cidades

Temer autoriza uso de Força Armadas para desbloquear rodovias

Mariana Tokarnia, da Agência Brasil | 25/05/2018 12:30
Reunião de emergência no Planalto; Eduardo Guardia, Ministro de Estado da Fazenda; Valter Casimiro, Ministro de Estado dos Transportes, Portos e Aviação; Moreira Franco, Ministro de Estado de Minas e Energia; Pedro Parente, Presidente da Petrobras e Jorge Rachid, Secretário da Receita Federal do Brasil (Foto: Marcos Corrêa/PR)
Reunião de emergência no Planalto; Eduardo Guardia, Ministro de Estado da Fazenda; Valter Casimiro, Ministro de Estado dos Transportes, Portos e Aviação; Moreira Franco, Ministro de Estado de Minas e Energia; Pedro Parente, Presidente da Petrobras e Jorge Rachid, Secretário da Receita Federal do Brasil (Foto: Marcos Corrêa/PR)

O governo federal autorizou o uso de forças federais de segurança para liberar as estradas bloqueadas pelos caminhoneiros caso as estradas não sejam desbloqueadas pelo movimento. O anúncio foi feito há pouco pelo presidente Michel Temer, em pronunciamento no Palácio do Planalto. A decisão foi tomada após reunião no GSI (Gabinete de Segurança Institucional), que contou com a participação de ministros e do presidente.

"Quero anunciar um plano de segurança imeadiato para acionar as forças federais de segurança para desbloquear as estradas e estou solicitando aos governadores que façam o mesmo. Não vamos permitir que a população fiquem sem os gêneros de primeira necessidade, que os hospitais fiquem sem insumos para salvar vidas e crianças fiquem sem escolas. Quem bloqueia estradas de maneira radical será responsabilizado. O governo teve a coragem de dialogar, agora terá coragem de usar sua autoridade em defesa do povo brasileiro."

Ontem (24), os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Eduardo Guardia (Fazenda) e Carlos Marun (Secretaria de Governo) anunciaram acordo para suspensão dos protestos da categoria por 15 dias, quando as partes voltarão a se reunir.

Hoje (25), no entanto, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) informou que ainda não registra desmobilização de pontos de manifestação de caminhoneiros nas rodovias do país. O ministro Eliseu Padilha disse também nesta sexta-feira que o governo confia no cumprimento do acordo firmado ontem com as lideranças do movimento.

A decisão de suspender a paralisação, porém, não é unânime. Das 11 entidades do setor de transporte, em sua maioria caminhoneiros, que participaram do encontro, duas delas, a Unicam (União Nacional dos Caminhoneiros) e a Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros), que representa 700 mil trabalhadores, recusaram a proposta.

Hoje a Abcam divulgou nota na qual afirma que, ao contrário de outras entidades, "que se dizem representantes da categoria, a Abcam, não trairá os caminhoneiros". "Continuaremos firmes com pedido inicial: isenção da alíquota PIS/Cofins sobre o diesel, publicada no Diário Oficial da União", diz o texto.

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