Em 35 anos de atuação, PMA enfrentou de coureiros armados a pesca predatória
Nos primeiros anos de atividade, a apreensão chegava a 60 ou 80 toneladas e, atualmente, vai até 1,2 tonelada
Todos os anos, a PMA (Polícia Militar Ambiental) autua, em média, 1,2 mil pessoas que cometem crimes ambientais e neste sábado, em que comemora 35 anos de existência, a corporação apresenta números de sua atuação e, entre eles, o de redução drástica na ocorrência de pesca predatória.
Nos primeiros anos de atividade dos policiais, a apreensão chegava a 60 ou 80 toneladas e, atualmente, diante da queda na quantidade desses crimes, está em cerca de 1,2 tonelada ao ano.
“Logo que a PMA foi criada, o número de apreensões de pescado foi extremamente elevado, o que demonstra que praticamente não existia fiscalização a esse tipo de infração. Com as apreensões e punições aos infratores nos primeiros três anos, os números reduziram-se pela metade e continuaram caindo até o patamar atual”, analisa a corporação, em nota.
Outros dados são de multas aplicadas, que em 2021, foram 36% maiores, em valores, que as de 2020. “Ao todo, foram arbitradas multas no valor de R$ 38.819.114,57, valor 36% superior ao ano de 2020, que foi de R$ 28.482.161,38.”
Quanto aos maus-tratos a animais, no ano de 2021, foram 48 pessoas autuadas, número 14% superior a 2020, quando foram autuadas 42 pessoas. Os valores de multas foram de R$ 656.121,20, número 84% maior do que no ano de 2020, que foi de R$ 357.550,00.
Sobre o tráfico de animais silvestres, a PMA prendeu seis pessoas no ano passado pelo crime e 238 animais resgatados. As multas somaram R$ 2.354.000,00. Já em 2020, foram sete pessoas autuadas, porém, foram apreendidas apenas 11 aves. Os valores de multas aplicados em 2020 foram de R$ 41.000,00.
Jacaré - Na década de 1980, a polícia se deparou com caça ao jacaré no Pantanal, enfrentando coureiros armados, a maioria, constituída de grupos armados e preparados para o enfrentamento.
Após a diminuição da caça ao jacaré, a PMA dedicou-se a combater a pesca predatória, entre outros crimes, e, em 1988 chegou-se a apreender 120 toneladas de pescado, sendo que atualmente, as apreensões não passam de 4 toneladas
A corporação ainda fiscaliza e coíbe caça de animais silvestres, captura desses animais quando são encontrados em área urbana, prevenção e autuação em casos de incêndio, mapeamento e fiscalização de áreas de desmate e também atua na educação ambiental com eventos e projetos, como o Florestinha.
Entre as comemorações dos 35 anos da PMA e juntamente com a celebração do Dia Mundial da Água, em 22 de abril, a corporação vai receber cerca de 120 alunos da Escola Cívico Militar TITO no Projeto Florestinha, Unidade I, localizada no Parque Estadual Matas do Segredo.
Entre as atividades a serem realizadas, estão teatro de fantoche sobre temas ambientais; exposição e palestras sobre cadeia alimentar com animais empalhados; oficina Caminho da Água, com confecção de brinquedos com materiais reciclados e visitação às trilhas do Parque.
Mais detalhes da programação na Capital e no interior podem ser conferidos aqui.