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Na Íntegra

Otimista, chefe do Garras garante: “nenhuma facção domina MS”

Delegado Guilherme Scucuglia participou do "Na íntegra Podcast" e contou como é atuação da delegacia no Estado

Por Bruna Marques | 22/07/2024 06:29

Diante do cenário de guerra entre facções, dentro e fora dos presídios de Mato Grosso do Sul, o delegado titular do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros), Guilherme Scucuglia, garante que nenhuma delas tem força para dominar o Estado e que a segurança pública está preparada para enfrentar o crime organizado.

Em entrevista ao podcast na Íntegra, quando questionado se quem manda no Estado é o PCC (Primeiro Comando da Capital) ou o Comando Vermelho, Guilherme afirmou que “Nenhuma organização criminosa domina o nosso estado. A atuação policial que é feita entre todas as forças oriundas da segurança pública, se empenha para que essa dominação do crime organizado não ocorra”.

Entretanto, o titular declarou que as facções estão ramificadas em todos os lugares e vez ou outra, os policiais tem que trabalhar de forma dura para que os grupos não se alastrem. “É uma situação complexa, porque nós policiais trabalhamos segundo as leis e os criminosos trabalham segundo as regras deles que são muito mais flexíveis do que as nossas. O nosso inimigo tem muito mais meio de fazer o trabalho dele se desenvolver, do que nós, falando legalmente”, disse.

Segundo o delegado, a lei do criminoso é mais flexível do que a lei legal. “O criminoso pode investigar, aplicar a pena e a sentença tudo no mesmo momento, nós não. Se sabemos que um criminoso é vinculado a uma organização criminosa, temos que fazer todo um trabalho investigativo para que isso fique demonstrado e ele responda criminalmente”.

Além disso Guilherme pontuou que Mato Grosso do Sul é estruturado, motivo que torna o Estado eficaz nas ações policiais. “É um estado consideravelmente seguro e eu julgo que isso seja pela qualidade da nossa segurança pública, nós temos policiais que são vocacionados para isso”.

Cangaço Digital – Pelo decreto estrutural da Polícia Civil, o Garras tem a função de investigar todo e qualquer tipo de crime contra instituições financeiras, em casos de roubos ou furtos qualificados. Diante disso o delegado contou que no ano passado, um furto conhecido na doutrina policial, como “Novo Cangaço Digital”, fez com que bandidos acessassem sistemas informáticos de instituições financeira e retirassem valores que em uma ação criminosa armada dificilmente seria possível.

“No caso específico que aconteceu aqui em Mato Grosso do Sul, foram subtraídos aproximadamente R$ 1,5 milhão de uma instituição financeira aqui de Campo Grande. Pela nossa atribuição iniciamos a investigação e a partir de um trabalho muito bem feito das nossas equipes conseguimos identificar não só os envolvidos imediatos como os próprios organizadores da ação, de modo que é uma investigação extremamente complexa, técnica e que demandou a nossa atividade não de operações especiais no âmbito tático, mas precisou sim de conhecimentos técnicos e específicos para que a gente conseguisse lograr êxito”.

Outra área que é de capacidade do Garras são os crimes de sequestros que ocorrem em todo o Estado. Embora seja um delito que não está na “moda”, no ano passado, ao longo do período em que o delegado está a frente da delegacia, casos dessa modalidade foram desvendados pelas equipes.

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