"Medida extrema e equivocada", comenta Marun sobre prisão de Puccinelli
Apesar da decisão o ministro disse confiar na revogação da decisão.
O ministro da Secretaria do governo, Carlos Marun (MDB) disse ter recebido com “absoluta estranheza” a notícia da prisão do ex-governador André Puccinelli, nesta sexta-feira (20). Para o ministro, faltaram “requisitos” para a prisão a qual definiu como uma “medida extrema” e “equivocada” e ter envolvido questões políticas.
“Considerando as evidentes consequências que isto pode ter nas próximas eleições, já que ele lidera as pesquisas, não há como deixar de se considerar os aspectos políticos envolvidos”, se pronunciou.
Marun ainda criticou a falta de cautela da Justiça, na decisão que levou, além de Pucinelli, o filho e um advogado de volta a detenção. Mas disse estar confiante quanto à revogação da decisão.
“Aguardo a rápida revisão pelas instâncias superiores desta decisão equivocada e a consequente libertação do nosso pré-candidato, para que ele possa voltar à arena onde devem ser resolvidas e julgadas as questões políticas: o processo eleitoral”, opinou.
Prisões
Pela segunda vez, o ex-governador, seu filho o advogado André Puccinelli Junior e o também advogado João Paulo Calves, foram levados de volta a prisão. O grupo já havia sido detido na 5ª fase da Operação Lama Asfáltica, batizada de Papiros de Lama, em 14 de novembro de 2017. As prisões de hoje também foram motivadas por provas obtidas com o material coletado na 5ª fase da Operação, segundo a PF.
Os mandados de prisão preventiva foram expedidos pela 3ª Vara Federal de Campo Grande após pedido feito pelo MPF (Ministério Público Federal) em maio de 2018. No processo da 1ª instância da Justiça Federal de Campo Grande que resultou na determinação das prisões de novembro, “foram juntadas novas provas constantes em relatórios elaborados pela Polícia Federal, pela Controladoria Geral da União e pela Receita Federal”.
Ainda segundo a PF, as movimentações bancárias do Instituto Ícone do Direito – que pertence a Puccinelli Júnior e já teve João Paulo Calves e Jodascil Gonçalves Lopes (o terceiro preso da 5ª fase) como sócios – evidenciaram depósito de dinheiro que seriam de propina paga pela JBS.