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Política

Acusado de cobrar propina, Gustavo Freire é demitido “a pedido”

Edivaldo Bitencourt | 07/11/2013 10:13
Prefeito acabou perdendo um dos principais nomes da equipe após denúncia de corrupção (Foto: Marcos Ermínio/arquivo)
Prefeito acabou perdendo um dos principais nomes da equipe após denúncia de corrupção (Foto: Marcos Ermínio/arquivo)

O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), exonerou, nesta quinta-feira (7), Gustavo Freire do cargo de secretário municipal de Receita. A demissão, feita a “pedido”, foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial de Campo Grande.
Por quase 11 meses, ele foi o homem forte da gestão Bernal e chegou a ser chamado de supersecretário por acumular o comando das duas principais secretarias municipais, de Relações Institucionais e Governo e de Receita. O prefeito o manteve no cargo mesmo após a denúncia de que ele foi denunciado por ter cobrado propina para liberar cargas de combustíveis em Corumbá, onde era lotado como auditor fiscal da Receita Federal.

Na semana passada, ele foi demitido do cargo por improbidade administrativa pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. A exoneração do cargo federal por corrupção pôs o secretário na berlinda e elevou a pressão pela demissão imediata.
Inicialmente, Bernal tinha decidido manter Freire no comando do cofre municipal. No entanto, a pressão da oposição e até de aliados aumentou e ele acabou tirando Freire do cargo de secretário de Governo. Na terça-feira, ele foi substituído por Pedro Chaves, professor, empresário e suplente do senador Delcídio do Amaral (PT).

Ontem à noite, os vereadores aliados e secretários elevaram a pressão e deram xeque-mate no prefeito. Bernal não aguentou a pressão e “aceitou” o pedido de demissão de Freire.

O PPS, um dos principais aliados de Bernal, chegou a emitir nota pública e cobrar a aplicação imediata da ficha limpa e a exoneração do titular da Secretaria de Receita.

É a primeira baixa na administração Bernal. E o pior, ele perde um dos nomes mais fortes da sua gestão.
Bernal faz a mudança em meio ao processo na Câmara Municipal que pode levar à cassação do mandato. A Comissão Processante vai convoca-lo para esclarecer as supostas denúncias de corrupção no município.

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