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Política

Dilma diz que concessões de rodovias são resposta ao pessimismo

Luana Lourenço, da Agência Brasil | 12/03/2014 11:43
Dilma oficializou a concessão da rodovia nesta quarta-feira (Foto: Agência Brasil)
Dilma oficializou a concessão da rodovia nesta quarta-feira (Foto: Agência Brasil)

A presidente Dilma Rousseff participou hoje (12) da assinatura dos contratos de concessão das rodovias BR-163 (MT e MS) e BR-040 (DF, GO e MT) à iniciativa privada. As concessões fazem parte do Programa de Investimentos Logísticos (PIL).

Dilma disse que o programa foi alvo de "pessimismo" e que a assinatura de uma nova rodada de contratos mostra que o governo acertou na estratégia. "Esse projeto começou e houve muita desconfiança, muita gente pessimista em relação a ele. Aproveito uma imagem feita pelo grande Nelson Rodrigues, que dizia que os pessimistas fazem parte da paisagem, assim como os morros, as praças e os arruamentos. É da vida o pessimismo, é da condição humana o pessimismo. Agora, todos nós que temos de fazer, somos aqueles que temos que acreditar que é possível, e modificar a paisagem", acrescentou.

"E é isso que os senhores vão fazer, modificar a paisagem. E, nesse sentido, os senhores têm uma ação, que é estruturalmente, fundamentalmente, uma ação otimista", disse, dirigindo-se aos representantes dos consórcios vencedores das licitações.

O trecho de 936,8 quilômetros da BR-040, que vai de Brasília (DF) a Juiz de Fora (MG), passando por Belo Horizonte (MG), foi licitado no dia 27 de dezembro do ano passado. A vencedora foi a empresa Invepar, que ofereceu uma proposta de tarifa de R$ 3,22528 para cada 100 quilômetros, representando deságio de 61,13% sobre o preço máximo fixado pelo governo para o pedágio. A concessionária deverá duplicar 557 quilômetros nos primeiros cinco anos. A BR-040 liga Brasília ao Rio de Janeiro, passando por Belo Horizonte e Juiz de Fora.

Na BR-163, conhecida como Rota da Soja, um dos lotes concedidos, de 847,2 quilômetros, corta todo o estado de Mato Grosso do Sul, desde a divisa com Mato Grosso até a divisa com o Paraná, passando por Campo Grande. A concessionária Companhia de Participações em Concessões, que pertence ao Grupo CCR, venceu o leilão no dia 17 de dezembro do ano passado, com uma oferta de R$ 0,04381 por quilômetro, com deságio de 52,74% em relação ao teto. O contrato prevê a duplicação de 806 quilômetros da rodovia nos primeiros cinco anos da concessão.

Já a Odebrecht venceu o leilão feito pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para a concessão de outro trecho da BR-163, em Mato Grosso, com uma proposta de R$ 0,02638 por quilômetro rodado – R$ 2,2638 para cada 100 quilômetros. O trecho tem 850,9 quilômetros e tem investimentos previstos de R$ 4,6 bilhões. O consórcio deverá duplicar 453,6 quilômetros da rodovia em cinco anos.

Além das duplicações previstas, as empresas deverão investir na recuperação, manutenção e conservação das rodovias em todo o trecho concedido, além de oferecer diversos serviços aos usuários e implantar terceiras faixas em pista duplicada quando o volume de tráfego exigir.

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