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Política

Governo paga, mas impasse na Santa Casa continua até a próxima semana

Diretoria, representantes da prefeitura e Estado vão se reunir novamente para definir mudanças em convênio

Mayara Bueno e Leonardo Rocha | 09/08/2017 12:54
Presidente da Santa Casa, Esacheu Nascimento,
durante reunião na Assembleia. (Foto: Leonardo Rocha).
Presidente da Santa Casa, Esacheu Nascimento, durante reunião na Assembleia. (Foto: Leonardo Rocha).

Depois de duas horas e meia de reunião a portas fechadas na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, representantes da Santa Casa, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado decidiram que vão definir o novo contrato com hospital em outro encontro na próxima terça-feira, 15.

Durante esta semana, impasse entre a instituição de saúde e prefeitura tem provocado uma série de consequências, como a restrição no atendimento e críticas do prefeito Marquinhos Trad (PSD) à gestão da Santa Casa, que quer mais R$ 3 milhões a título de repasse do Poder Público e pagamento no 5° dia útil.

Vice-líder do governo na casa de leis, deputado Beto Pereira (PSDB), disse que o Estado sinaliza positivamente em elevar o repasse que cabe a ele. Atualmente, o governo dá cerca de R$ 2 milhões, mas o repasse estava há dois meses atrasado.

Ontem, no entanto, o governo depositou R$ 4,5 milhões. Outros R$ 4,467 milhões da prefeitura serão repassados até amanhã, prometeu o município. O restante, R$ 14 milhões, são fruto de repasse do Ministério da Saúde, que tem até dia 15 para quitar. No total, são R$ 20 milhões dados ao hospital.

Marcelo Vilela, secretário de Saúde de Campo Grande, disse que a próxima reunião – na terça-feira que vem – deverá fechar o novo contrato. Na ocasião, além dele, deve participar o secretário de Estado de Saúde, Nelson Tavares, e diretoria do hospital. Prefeito e o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) também serão convidados.

Além da elevação dos recursos recebidos por município e Estado, a Santa Casa quer, ainda segundo o secretário, que o repasse seja feito até o quinto dia útil. O presidente Esacheu Nascimento explica que a instituição precisa quitar tributos e outros encargos neste dia, por isso o pedido de antecipação.

Ele também explicou que o hospital não está com portas fechadas, só está atendendo regulados – aqueles que são encaminhados pela Central de Regulação - e os casos de urgência de pacientes com trauma, neurológicos e queimados.

Ainda conforme o presidente da Santa Casa, um novo contrato – com elevação do dinheiro – é necessário “para superar dificuldades”. Ele afirma que os R$ 3 milhões a mais já tinham sido acordados em dezembro passado.

A crise que vive o hospital, segundo Esacheu, é “artificial”, pois a instituição funciona plenamente, só com o portão fechado.

“Agora é controlado”, explicou ressaltando que entram pacientes regulados e de referência. Hoje, a ala vermelha, que atende situações graves – está com excedente de três pessoas.

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