Incentivos e contratos serão mantidos pelo governo até fim das investigações
Quarta fase da operação identificou prejuízo de R$ 150 milhões
O Governo de Mato Grosso do Sul não vai romper contratos, nem cortar incentivos até o fim da investigação referente à Lama Asfáltica, afirma o governador, Reinaldo Azambuja (PSDB). Nesta quinta-feira (11), a PF (Polícia Federal) e a CGU (Controladoria-Geral da União) deflagraram a quarta fase da Operação Lama Asfáltica que, desta vez, apontou prejuízos de R$ 150 milhões aos cofres públicos.
“Os investigados prestam depoimento, mas é no fim que saberemos sobre o desvio e condutas ilegais. Seria muito prematuro para nós se fizéssemos rompimento de contrato ou retirar incentivos fiscais”, afirmou.
Reinaldo reafirmou que a operação está requisitando documentos da gestão anterior, antes de 2014. Hoje, agentes da PF fizeram buscas nas secretárias estaduais de Educação e Fazenda, nesta última os servidores foram impedidos de entrar.
“Algo normal, que a investigação se aprofunde. A gente já vem acompanhando até porque muitas destas empresas já haviam sido citadas em etapas anteriores. O que o Estado espera é que o que foi desviado retorne aos cofres públicos”.
Um dos alvos da ação de hoje foi a H2L Soluções, que tem contratos com o governo. O proprietário Rodolfo Hosbalck foi detido porque a polícia encontrou munições em sua casa. A Polícia Federal também cumpriu mandado de busca e apreensão na sede da Eldorado Brasil em Três Lagoas, a 338 quilômetros da Capital, como parte da operação.
Foram presos André Cance, ex-secretário-adjunto da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda), o dono da gráfica Alvorada, Micherd Jafar Junior.
“Nós temos tranquilidade em relação aos contratos depois de 2015. Eles foram firmados por meio de licitações com muita transparência”.