Deuses ou zumbis?
O ódio, a mentira, a onipotência e a moral de duas faces são marcas registradas dos sistemas totalitários que, no século passado, reinaram em boa parte do mundo. Lembramos aqui, leitor, do Nazifascismo nas versões marxista e na hitlerista que, sem dúvida, são almas gêmeas da maldade humana.
A onipotência de um, o fascismo, pretendeu resgatar a humanidade da sujeira da contaminação racial com as raças inferiores. A de outro, após eleger a propriedade privada como o grande pecado da humanidade e a raiz de todos os seus males, prometeu o paraíso terreal após sua eliminação.
Com o fim da propriedade privada, para o que todos os meios seriam válidos e morais, o progresso, a fartura e a liberdade reinariam entre os povos abençoados pelo novo regime. Esta, leitor, são palavras e profecias que constam de toda a literatura dessa matriz ideológica e que, hoje, chega até nós através do "petismo".
Na prática, esses gêmeos da maldade sempre apresentaram uma diferença curiosa: os nazistas diziam claramente as maldades que praticariam e as efetivaram. Exemplifiquemos: diziam "vamos exterminar judeus, ciganos, poloneses e homossexuais" e, ato contínuo, partiram para a eliminação física desses grupos. Já os marxistas, liderados pelo grupo "bolchevista ou majoritário", sempre praticaram as mesmas barbáries, porém revestindo-as com discursos politicamente corretos, como por exemplo, prometendo "Pão, paz e terra" durante a implantação do regime na Rússia.
Fato é que ambos os regimes competiram na execução da barbárie para a realização de seus objetivos onipotentes; eliminar da humanidade pecados que seriam responsáveis pelos males atuais da terra. No caso, a contaminação racial e a propriedade privada.
Nos diz então a história recente que o hitlerismo foi varrido pela força das armas e regime comunista caiu de podre no meio mundo em reinou absoluto. Podre, porque caiu com as próprias pernas pela incapacidade de cumprir suas profecias onipotentes: fartura e democracia inigualáveis. A China, sob o domínio de um Partido Comunista, ressuscitou a propriedade privada para se tornar "o tigre asiático".
Diante do quadro inegável do fracasso do sistema socialista, fracasso econômico e politico social, pois sempre foi incapaz de conviver com a dignidade humana, não há como não indagar: de onde viria o fascínio dessa ideologia fracassada, para que tenhamos, no nosso Brasil, instalado no poder, um Partido de raiz totalitário-marxista?
Na busca de uma resposta, diante da impossibilidade de se negar o fracasso objetivo e sistemático do sistema socialista-marxista no mundo, entendemos ser necessário recorrermos à Psicanálise, na busca de uma resposta. Para nós a resposta está clara: a sedução dessa ideologia está no seu caráter onipotente, na medida em que confere ao seu militante a crença de que ele representa a "marcha da história".
Por isso se diz que eles são "historicistas", quem não está com eles está contra a História e contra a humanidade... Imbuídos dessas concepções, melhor diríamos, crenças, os militantes do socialismo marxistas, entre nós, os petistas, v~em seus opositores como "lixo da História".
A si mesmos se vêem como deuses acima do bem e do mal, da verdade e da mentira, do moral e do imoral. Noutros termos, bem, moral, verdade, seria tudo e qualquer coisa que lhes favoreça a causa. A corrupção por eles praticada, como no caso do Mensalão, seria "do bem". "Do mal" seria o julgamento pelo STF, onde as punições seriam de cunho politico, pois, pois.
A promoção do ódio entre as comunidades indígenas contra proprietários legítimados pelo Estado brasileiro, promoção essa efetivada pelo Cimi e setores do próprio Estado brasileiro, é uma prática moral, na medida em que busca fragilizar a segurança jurídica e a ideia da propriedade privada. A concepção suprema dessa ideologia é, pois, a promoção do ódio e do conflito entre classes sociais e etnias.
Para encerar, compartilho com o leitor paciencioso esta indagação: porque algumas pessoas precisam tanto se sentirem semi-deuses, com direito à mentira, à amoralidade, à pratica e promoção do ódio, do conflito, se sentindo exatamente superiores quando efetivam essas ignominias?
Mais estranho ainda: que inspiração leva exatamente setores religiosos se aliarem a tais manifestações de imoralidade encobertas com pele de cordeiro? Não haveria outras formas menos desumanas e destrutivas de se sentirem deuses? Deuses ou zumbis de uma ideologia maldita?
Que o leitor nos ajude nessa reflexão...
(*) Valfrido M. Chaves é psicanalista.
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