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Cidades

Ex-delegado-geral cobra quase meio milhão do Estado por acúmulo de funções

A ação de cobrança decorre de substituições que o delegado cumpriu enquanto exercia outros cargos

Lucia Morel | 18/07/2022 18:57
O ex-delegado-geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Adriano Garcia Geraldo. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
O ex-delegado-geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Adriano Garcia Geraldo. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

O ex-delegado-geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Adriano Garcia Geraldo. cobra na Justiça, quase R$ 500 mil do Governo do Estado em relação a acúmulo de funções, cujas substituições não teriam sido pagas. Atualmente, Garcia é  diretor do interior no Ciops (Centro Integrado de Operações de Segurança Pública).

Segundo petição assinada pelo advogado Robinson Fernando Alves e impetrada no último dia 4 de julho, a ação de cobrança decorre de substituições que, por designação superior, o delegado cumpriu enquanto exercia outras funções.

“(...) respondeu como Delegado de Polícia Civil, cumulativamente, pelo expediente da Assessoria de Relações Institucionais e de Comunicação Social e pela Assessoria de Administração, conforme Portarias em anexo”, alega pedido.

Por conta disso, ele cobra o direito de receber gratificação de substituição cujo total chega a R$ 458.693,20. Esse valor é sem correção, mas já está abatido montante de R$ 86.821,34 que efetivamente teria sido pago referente às substituições.O período cobrado é entre março de 2018 e março de 2021.

“Quando atuou cumulativamente frente a tais Delegacias, o A. não substituiu simplesmente o exercício da função gratificada de outro Delegado. Assumiu todos os encargos inerentes ao Delegado de Polícia responsável pelas unidades policiais, fazendo jus ao recebimento da verba respectiva, conforme previsto em lei”, reforça o pedido.

Despacho da juíza Liliana de Oliveira Monteiro, da 3ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos, do dia 12 de julho, definiu não realizar audiência de conciliação entre as partes e citar o Estado para que se pronuncie, o que ainda não ocorreu.

O ex-delegado-geral causou polêmica por uma ação no trânsito, em fevereiro deste ano. Para parar uma motorista de 24 anos que ele perseguia em plena Avenida Mato Grosso – alegando que ela fazia manobras perigosas – em Campo Grande, ele atirou, estourando 3 pneus do veículo conduzido pela jovem.

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