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Capital

Após ser absolvido, mãe tem fé em condenação de agente penal que matou filho

Joseilton de Souza, 42, foi absolvido em 3º júri, mas família recorreu e ele enfrenta jurados mais uma vez

Dayene Paz e Bruna Marques | 07/02/2023 09:15
Adilson, que morreu com tiro no tórax, em foto de rede social. (Foto/Reprodução)
Adilson, que morreu com tiro no tórax, em foto de rede social. (Foto/Reprodução)

Joseilton de Souza Cardoso, 42, senta pela terceira vez no banco dos réus acusado de matar a tiros o pedreiro Adilson Silva Ferreira do Santos, 23, em setembro de 2017, durante o show de Henrique e Juliano, no estacionamento do Shopping Bosque dos Ipês, em Campo Grande.

Joseilton foi absolvido durante júri em agosto de 2019, mas a família recorreu e conseguiu novo julgamento, que aconteceu em junho de 2022. Contudo, após confusão e gritaria acabou sendo suspenso e foi remarcado para esta terça-feira, 7 de fevereiro. "Esperamos que seja condenado", disse a mãe de Adilson, Marlene de Souza Silva, 48.

Mais de cinco anos se passaram e a mãe ainda espera por justiça. "Se ele for condenado não vai trazer meu filho de volta, mas estou confiando que Deus toque o coração dos jurados e do juiz para eles darem um veredito em favor da vítima", diz. Atualmente a mãe de Adilson mora com o esposo em Glória de Dourados. Com outros familiares, ela chegou cedo ao Tribunal do Júri para acompanhar a sessão desta terça-feira (7).

A mãe conta que na época dos fatos o filho morava em Santa Catarina e estava em Campo Grande para reformar a casa dela. "Veio colocar piso na minha sala, mas tinha o show que gostava muito dos cantores, então comprou ingresso", lembra.

Agente penal mostra como apontou arma, durante seu primeiro júri. (Foto/Reprodução)
Agente penal mostra como apontou arma, durante seu primeiro júri. (Foto/Reprodução)

Um dos familiares que acompanha o júri hoje é sobrinho de Marlene, primo de Adilson e testemunha do crime. "Meu sobrinho me contou tudinho. O rapaz estava no banheiro alcoolizado e o meu filho pediu para ele sair porque queria usar. Ele saiu, meu filho entrou e meu sobrinho ficou na porta esperando", conta.

Ao sair do banheiro, o agente penal começou a fazer perguntas. "Ficou perguntando quem era o meu filho e meu sobrinho respondeu 'é meu primo'. Depois ficou questionando outras coisas, falou 'eu sou policial' e ergueu a blusa mostrando a arma", descreve. Adilson estava no banheiro, escutou e ao sair foi tirar satisfação sobre o porquê de tantas pergunta. "Os dois começaram a brigar, ele não aguentou com meu menino e deu o tiro".

Foi a outra filha de Marlene que recebeu a ligação do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) informando que Adilson estava ferido. "Disseram que tinha levado um tiro, mas estava sendo socorrido", diz a mãe. Marlene, então, saiu da chácara onde estava e foi direto ao shopping. "Quando cheguei vi ele caído no chão. Não dá para acreditar, não acreditei e até hoje não acredito. Para mim ele está viajando e vai chegar a qualquer momento".

A mãe ainda revela que quando viajou à Capital, o filho deixou a companheira em SC, grávida de sete meses. Hoje, a criança tem 5 anos. "Não conheceu o pai, não deu tempo dele voltar", lamenta.


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