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Capital

Morto com 13 tiros era pistoleiro de Minotauro e já abriu fogo contra tabacaria

Homem foi morto ao sair de pagode na madrugada deste domingo, em Campo Grande

Por Dayene Paz | 10/12/2023 10:56
Marcas de tiro na boate da Euclides da Cunha, em Campo Grande. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Marcas de tiro na boate da Euclides da Cunha, em Campo Grande. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

Morto com 13 tiros na madrugada deste domingo (10), ao sair de um pagode, em Campo Grande, Marcos Paulo Pereira Valdez, 29 anos, era considerado um dos “cabeças” do grupo de pistoleiros de Sérgio Arruda Quintiliano Neto, o Minotauro. Além disso, o irmão de Marcos, Márcio Pereira Valdez, 31, também foi assassinado em emboscada no ano passado.

Como chefe da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) na fronteira do Paraguai com MS, Minotauro mandou executar vários inimigos até ser preso, em Balneário Camboriú (SC), em fevereiro de 2019.

Nesta madrugada, Marcos estava na companhia de amigos, quando decidiram ir embora por volta de 1h. Eles se dirigiram ao veículo Toyota Hilux, que estava no estacionamento ao lado do evento de pagode. O grupo já estava perto do veículo quando três homens desembarcaram de um Honda Civic, cor clara, ao lado da caminhonete. Na sequência, o trio passou a atirar contra as vítimas e fugiu.

Marcos foi atingido por 13 tiros e morreu no local. Outro homem, de 30 anos, foi socorrido com ferimento no tórax e uma jovem, de 19 anos, foi atingida no cotovelo. Os feridos foram socorridos pelos bombeiros e levados à Santa Casa.

Em maio do ano passado, Marcos Paulo também foi apontado como um dos homens que abriu fogo contra uma tabacaria na Rua Euclides da Cunha, na Capital. Ele estava acompanhado de João Pedro de Souza Martins, 27, e Celso Patrick Gabilão Marques, 25, quando discutiram com um militar do Exército, de 22 anos. Na data, chegaram a afirmar que pertenciam ao "Comando de Ponta Porã". Depois de abrirem fogo contra o estabelecimento, fugiram em um Chevrolet Cruze blindado.


Na região da Rua 14 de Julho, equipe da Guarda Civil Metropolitana flagrou os suspeitos em alta velocidade e na contramão. Ordem de parada foi dada, mas o trio fez manobra arriscada e fugiu. Eles foram perseguidos, mas conseguiram escapar. Momentos depois, o Cruze foi encontrado abandonado na área da antiga rodoviária.

Histórico - Além de ser apontado como um dos cabeças do grupo de pistoleiros de Minotauro, Marcos Paulo fez parte da fuga em massa do Presídio de Pedro Juan Caballero em janeiro de 2020. Na ocasião, 75 presos fugiram da penitenciária em um plano que custou R$ 6 milhões a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

O objetivo da fuga era resgatar seus principais líderes regionais que estavam no presídio e fortalecer o efetivo para fazer frente à guerra travada há anos com os rivais da facção carioca Comando Vermelho.

Prisão de Minotauro - O narcotraficante - considerado um dos mais poderosos no mundo do tráfico de drogas pela fronteira do Brasil - foi preso em fevereiro de 2019, em um condomínio de luxo de Balneário Camboriú, SC, graças ao apoio de policiais federais de Mato Grosso do Sul. Entre os crimes atribuídos a Minotauro, está o assassinato do policial civil Wescley Dias Vasconcelos, 37, ocorrido no dia 6 de março de 2018, em Ponta Porã.

Irmão assassinado - Marcos também teve o irmão, Márcio Pereira Valdez, assassinado em emboscada, no dia 13 de dezembro do ano passado. Câmera de segurança registrou o momento em que Paulo de Oliveira Andrade invadiu o ônibus de viagem para matar Márcio.

A vítima embarcou na rodoviária de Campo Grande, sentou na poltrona 25 e foi assassinada quando o motorista parou para pegar outros passageiros na Rua Carajás. Em depoimento, Paulo disse que a arma que fez o primeiro disparo travou. Ele então fugiu, tropeçou na escadaria do ônibus e caiu.

Em seguida, levantou e foi até o VW Gol, onde estaria o mandante do crime que entregou uma outra arma e pediu para que ele voltasse para confirmar o homicídio. Nesse momento ele foi abordado pelos policiais e o comparsa fugiu. Paulo disse que foi contratado por pessoa desconhecida para executar a vítima. Pelo crime, receberia R$ 5 mil.

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