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Capital

Sem fonoaudiólogo, audiência sobre acusação de estupro ouve vítima e testemunhas

Nova data para o interrogatório de Wilson Nonato Rabelo Sobrinho ainda será definida

Adriano Fernandes | 21/07/2022 20:40
Wilson Nonato Rabelo Sobrinho chegando na delegacia. (Foto: Henrique Kawaminami)
Wilson Nonato Rabelo Sobrinho chegando na delegacia. (Foto: Henrique Kawaminami)

O fonoaudiólogo Wilson Nonato Rabelo Sobrinho, de 30 anos, não foi ouvido na primeira audiência de instrução e julgamento do processo em que ele é acusado de estuprar pacientes, todos garotos entre 4 e 8 anos, ocorrida nesta quinta-feira (21).

De acordo com o advogado de defesa João Ricardo Batista o cliente não foi interrogado hoje, porque ainda faltam ser anexadas aos autos provas que já haviam sido requeridas. Entre elas estariam imagens das câmeras de segurança da clínica onde ele atuava. A data para um novo interrogatório ainda não foi definida.

Dois meninos, um deles vítima, foram ouvidos em depoimento especial com psicóloga em sala reservada nesta tarde. Os pais deles também prestaram depoimentos na 7ª Vara Criminal de Competência Especial do fórum de Campo Grande. A audiência de instrução teve o relato de duas testemunhas de defesa e cinco de acusação, apurou a reportagem.

O caso - Wilson Nonato Rabelo Sobrino foi indiciado em 7 inquéritos policiais por estupro de vulnerável (artigo 217) do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). As vítimas têm entre 4 a 8 anos de idade, todos meninos, que foram atendidos por ele em sessões de fonoaudiologia. Sobrinho se aproveitava do fato de estar sozinho com as crianças, passava mão nelas, se masturbava e ainda filmava alguns dos abusos praticados.

Prisão - Wilson Rabelo Sobrinho foi preso no dia 9 de março, na clínica onde ele atuava, depois que a mãe de um dos pacientes dele o denunciou pelos abusos sexuais. A mulher foi informada pelo outro filho, de 10 anos, o que acontecia com o caçula. Ela foi até o estabelecimento, aguardando na sala de espera, até que o garoto de 8 anos saiu correndo da sessão, dizendo que o profissional havia passado a mão nele. Depois desse flagrante, a PM (Polícia Militar) foi acionada. Depois da divulgação do primeiro caso pela mídia, vários pais começaram a procurar a polícia. Durante a investigação foram ouvida pelo menos 40 crianças atendidas pelo fonoaudiólogo.

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