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Interior

A uma semana da extradição, Pavão apela a Corte para ficar no Paraguai

Helio de Freitas, de Dourados | 19/12/2017 12:25
Jarvis Pavão deve ser extraditado para o Brasil no dia 28 deste mês (Foto: ABC Color)
Jarvis Pavão deve ser extraditado para o Brasil no dia 28 deste mês (Foto: ABC Color)

Faltando oito dias para concluir a pena de oito anos por lavagem de dinheiro no Paraguai, o narcotraficante brasileiro Jarvis Gimenes Pavão, 49, tenta uma última cartada para evitar sua extradição, já autorizada pela Justiça do país vizinho. O sul-mato-grossense natural de Ponta Porã é apontado como o atual grande fornecedor de cocaína partindo do Paraguai para o Brasil e a Europa.

Quatro advogados que cuidam da defesa de Pavão ingressaram com um recurso na Corte Suprema do Paraguai pedindo a inconstitucionalidade da lei de 2005, que autoriza a extradição entre países do Mercosul. O recurso foi assinado por Laura Casuso, Jorge Prieto, Raúl Pérez e Adrián Brizuela.

Neste ano, a Justiça do Paraguai acatou o pedido de extradição feito por juízes do Rio Grande do Sul, onde Pavão está condenado a 17 anos e 8 meses de prisão por narcotráfico, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Entretanto, a primeira ordem para a extradição é de 2010, suspensa por vários recursos.

Para tentar evitar a extradição, os advogados alegam que a decisão da Justiça se baseia em uma lei que entrou em vigor antes do início do processo por tráfico, aberto em 2000.

Ao jornal ABC Color, o promotor de Assuntos Internacionais Manuel Doldán explicou que Jarvis Pavão deve ser entregue às autoridades brasileiras após o dia 27 de dezembro, quando termina oficialmente a sua pena no Paraguai. Apesar de não haver uma data definida, a expectativa é que a extradição ocorra ainda em 2017.

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