A uma semana da extradição, Pavão apela a Corte para ficar no Paraguai
Faltando oito dias para concluir a pena de oito anos por lavagem de dinheiro no Paraguai, o narcotraficante brasileiro Jarvis Gimenes Pavão, 49, tenta uma última cartada para evitar sua extradição, já autorizada pela Justiça do país vizinho. O sul-mato-grossense natural de Ponta Porã é apontado como o atual grande fornecedor de cocaína partindo do Paraguai para o Brasil e a Europa.
Quatro advogados que cuidam da defesa de Pavão ingressaram com um recurso na Corte Suprema do Paraguai pedindo a inconstitucionalidade da lei de 2005, que autoriza a extradição entre países do Mercosul. O recurso foi assinado por Laura Casuso, Jorge Prieto, Raúl Pérez e Adrián Brizuela.
Neste ano, a Justiça do Paraguai acatou o pedido de extradição feito por juízes do Rio Grande do Sul, onde Pavão está condenado a 17 anos e 8 meses de prisão por narcotráfico, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Entretanto, a primeira ordem para a extradição é de 2010, suspensa por vários recursos.
Para tentar evitar a extradição, os advogados alegam que a decisão da Justiça se baseia em uma lei que entrou em vigor antes do início do processo por tráfico, aberto em 2000.
Ao jornal ABC Color, o promotor de Assuntos Internacionais Manuel Doldán explicou que Jarvis Pavão deve ser entregue às autoridades brasileiras após o dia 27 de dezembro, quando termina oficialmente a sua pena no Paraguai. Apesar de não haver uma data definida, a expectativa é que a extradição ocorra ainda em 2017.