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Após derrotas em plenário, comissão mantém ação para cassar vereador

Comissão Processante contra Pedro Pepa decidiu por unanimidade dar sequência ao pedido; na terça-feira, vereadores rejeitaram em plenário o arquivamento de outros dois casos

Helio de Freitas, de Dourados | 14/03/2019 15:36
Vereadores da Comissão Processante reunidos hoje com assessores jurídicos (Foto: Divulgação)
Vereadores da Comissão Processante reunidos hoje com assessores jurídicos (Foto: Divulgação)

O pedido de cassação do vereador Pedro Pepa (DEM), um dos denunciados na Operação Cifra Negra, vai continuar. A decisão foi tomada por unanimidade nesta quinta-feira (14) pelos três vereadores que formam a Comissão Processante instalada em fevereiro na Câmara de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande.

A decisão é inédita, já que as duas comissões processantes que entregaram parecer na segunda-feira (11) defenderam o arquivamento do pedido de cassação de Idenor Machado (PSDB) e Denize Portolann (PR).

Nos dois casos, o arquivamento foi rejeitado em plenário na sessão de terça à noite, inclusive com o voto dos integrantes das duas comissões processantes.

“A decisão pelo prosseguimento foi unânime e será a oportunidade do vereador afastado se defender das acusações. A defesa já arrolou testemunhas, que começarão a ser ouvidas a partir da semana que vem. Também tomaremos outras decisões para esclarecer a denúncia”, afirmou o presidente da Comissão Processante, vereador Carlito do Gás (Patriota).

O vereador Jânio Miguel (PR) é o relator e Olavo Sul (Patriota) ocupa a terceira vaga. Com exceção de Olavo, os demais são da base aliada da prefeita Délia Razuk (PR) na Câmara, da qual também fazem parte os vereadores afastados após serem presos por corrupção.

Ainda falta ser apresentado o parecer contra o vereador Pastor Cirilo Ramão (MDB). A Comissão Processante tem como presidente Alberto Alves dos Santos (PR), o Bebeto, como relator Silas Zanata (PPS) e como membro Junior Rodrigues (PR), todos da base aliada da prefeita.

O parecer deve ser apresentado até a semana que vem, após a defesa do vereador pedir mais prazo. Cirilo estava preso até ontem (13) e deixou a prisão beneficiado pelo habeas corpus concedido a Idenor Machado. Pepa está solto desde dezembro.

Os três foram denunciados por suposta participação em um esquema de corrupção montado na Câmara. Empresas de tecnologia eram, segundo o Ministério Público, contratadas a preços superfaturados em processos de licitação fraudulentos. Em troca, pagavam mesadas a vereadores e servidores.

Já Denize está no presídio feminino de Rio Brilhante desde 31 de outubro de 2018. Ela foi presa na primeira fase da Operação Pregão, acusada de integrar a organização criminosa que agia no setor de licitações da prefeitura no período em que foi secretária de Educação (fevereiro de 2017 a janeiro de 2018).

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