Com cheia no Pantanal, governo decreta emergência em Corumbá
Situação tem prazo de 6 meses e prevê contratação de obras e serviços para reparar os estragos sem licitação
O governo de Mato Grosso do Sul decretou emergência em Corumbá, 419 km de Campo Grande, por causa dos estragos causados pela cheia no Pantanal. Segundo o Diário Oficial do Estado desta quinta-feira (dia 5), a situação tem prazo de até seis meses.
O decreto levou em consideração comportamento das águas do alto da bacia pantaneira e quantidade alta de chuva, provocando aumento do nível e transbordamento do Rio Paraguai. No fim de maio, o nível do rio atingiu 5,20 metros, pelo menos 3,18 metros acima do nível de redução.
A situação tem ocasionado inundação gradual nas regiões Barra de São Lourenço, Amolar, Chané, São Pedro, Coqueiro, São Francisco, Mato Grande, Bahia Vermelha, Paraguai Mirim, Ilha Verde, Castelo, Domingos, Ramos, Capim Gordura, Piuval e Tuiuiú, áreas que margeiam o rio até as proximidades da área urbana de Corumbá.
De acordo com o governo, a cheia já afetou cerca de 2,5 mil pessoas que moram naquela região e provocou danos materiais às famílias ribeirinhas. Sem contar a pecuária, principal economia da cidade, também foi afetada.
O decreto de emergência autoriza a mobilização da Defesa Civil, convocação de voluntários para reforçar as ações e arrecadar doações. A principal previsão é a dispensa de licitação para contratos de bens necessários, prestação de serviço e obras relacionadas à reabilitação dos desastres.