MPF começa a coletar depoimentos para descobrir quem matou terena
Uma equipe de 4 pessoas, em caminhonete descaracterizada, chegou hoje a Sidrolândia para coletar depoimentos sobre a morte do índio terena Oziel Gabriel, de 35 anos, executado durante cumprimento de reintegração de posse, na quinta-feira passada.
Procuradora e outros 3 servidores do Ministério Público Federal percorrem a área de conflito registrando depoimentos de índios que estavam no local no dia do confronto com a Polícia Federal e Cigcoe – unidade especial da PM.
O MPF tenta descobrir de onde saiu a bala que atingiu Oziel. A família acusa a Polícia Federal. Dizem que o terena estava em um ponto da fazenda onde a reintegração era executada pela PF e não pelo Cigcoe.
Os responsáveis pelas duas corporações já informação que normalmente levam armas letais para operações do tipo, por segurança, mas não informam se utilizaram.
Projéteis de calibre .40, .45 e 9mm, de uso policial, foram encontrados na fazenda Buriti depois do confronto do dia 30.
Hoje, a propriedade amanheceu sem o acampamento dos índios, que desde o dia 15 de maio estavam no local.
Segundo um dos líderes do movimento, representante da aldeia Córrego do Meio, a retirada por conta própria é resultado de acordo com o ministro da Justiça.
Jenivaldo Campos também garante que não haverá qualquer resistência à Força Nacional, porque o Governo Federal assegurou que a tropa ficará na região apenas para evitar novos ataques contra índios e propriedades rurais.