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Cidades

Operação já destruiu 15 milhões de dólares em plantação de maconha

Ação conta com drone que voa a 15 mil pés, se camufla no céu, e tem capacidade para 25 horas no ar

Por Dayene Paz e Antonio Bispo | 12/09/2024 12:41
Major-brigadeiro do ar, Luiz Cláudio Macedo Santos, durante coletiva. (Foto: Marcos Maluf)
Major-brigadeiro do ar, Luiz Cláudio Macedo Santos, durante coletiva. (Foto: Marcos Maluf)

Ofensiva contra o crime organizado nas fronteiras de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso com o Paraguai já destruiu 15 milhões de dólares em plantações de maconha. É o que aponta o balanço da Operação Ágata Fronteira Oeste, apresentado em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (12). A ofensiva acontece nas regiões onde há incidência de tráfico de drogas, contrabando, descaminho, tráfico de armas, crimes ambientais, furto e tráfico de animais silvestres.

O major-brigadeiro do ar, Luiz Cláudio Macedo Santos, explicou que a Ágata começou no dia 2 de setembro e segue até o próximo dia 20. Até o momento foram 450 toneladas de plantação de maconha destruídos, cerca de 15 milhões de dólares - droga que seria traficada para o Brasil.

Além disso, há prejuízo de R$ 19,5 milhões com a apreensão de 72 quilos de pasta base; 5 toneladas de mercadorias irregulares; 3 toneladas de skunk maconha e haxixe; 4 retroescavadeiras; 5 motobombas; e munições calibre 22.

Equipe que faz parte da Operação Ágata, em MS e MT, durante coletiva de imprensa. (Foto: Marcos Maluf)
Equipe que faz parte da Operação Ágata, em MS e MT, durante coletiva de imprensa. (Foto: Marcos Maluf)

Durante a coletiva, o major-brigadeiro não comentou sobre números de presos, mas disse que pessoas foram flagradas com drogas coladas ao corpo, engolidas e em veículos. No Mato Grosso, houve flagrante de transporte de ouro e maquinários de garimpo.

Drone - São 12 aeronaves envolvidas na operação, entre elas o drone modelo RQ 900 - utilizado pela primeira vez. "Opera através de estação de controle que fica em Campo Grande, decola por meio de um link enviado para uma pessoa que está em Brasília, e o piloto controla aeronave que é guiada por meio de satélite", explicou o coronel da FAB (Força Aérea Brasileira), Murilo Grassi Salvatti.

A câmera tem capacidade infravermelho e voa a uma altura variada de 10 a 15 mil pés, o que equivale de 3 a 5 mil metros de altura. "É silenciosa e pela cor, cinza, consegue se camuflar no céu, evitando a percepção de pessoas que estão em terra. A capacidade de sobrevoo é de 25 horas, facilitando que os trabalhos possam se estender por mais tempo", pontuou.

A operação - A operação Ágata conta com 1.700 militares das forças armadas, 200 policiais civis e 40 policiais rodoviários federais. Outras frentes de segurança pública como Polícia Federal e Receita Federal também fazem parte da ação. São monitorados cerca de 2.500 quilômetros entre os Estados.

O CMO (Comando Militar do Oeste) lançou um número para denúncias. O canal funciona por 24 horas para que as pessoas possam denunciar crimes como tráfico de drogas, contrabando de armas, descaminho e outros na região de fronteira entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O anonimato é garantido. As ligações poderão ser feitas por telefone celular ou fixo até o dia 20 de setembro. O número para as denúncias é o 0800 358 0007.

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