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Cidades

Por fugir do semiaberto, Tio Arantes vai cumprir pena maior

Em audiência, foi aplicada sanção de falta grave a Arantes por conta da fuga

Por Lucia Morel | 07/11/2023 18:14
Tio Arantes ao ser deportado da Bolívia. (Foto: Direto das Ruas)
Tio Arantes ao ser deportado da Bolívia. (Foto: Direto das Ruas)

Audiência de justificação de José Cláudio Arantes, 68 anos, o "Tio Arantes", realizada hoje na 1ª Vara de Execução Penal da Comarca de Campo Grande, não abrandou a pena do preso, que foi capturado na Bolívia após quase dois anos foragido. O advogado do réu, Paulo Macena, informou que foi aplicada sanção de falta grave a Arantes por conta da fuga.

Com isso, a pena dele deve ser ampliada, mas ainda não se sabe quanto tempo a mais ele deverá cumprir. O cálculo deve sair nos próximos dias. Ele fugiu do Centro Penal Agroindustrial da Gameleira, em Campo Grande, que é de regime semiaberto, em 23 de novembro de 2021. Na ocasião, o sistema de câmeras da ala que abrigava o detento deixou de funcionar horas antes de ser constatado o “sumiço” dele.

“O juiz vai alterar a data-base da pena devido a falta grave, que foi a evasão. A gente já esperava por isso, mas estamos preocupados com a saúde dele e vamos já agora fazer outros pedidos ao juízo”, comentou. O juiz da 1ª Vara de Execução Penal é Fernando Chemin Cury.

Macena disse que Arantes fugiu da prisão em 2021 num ato de desespero, para poder receber atendimento de saúde adequado, já que ele tem problemas nos rins. Para isso, ele teria ido à Bolívia, onde passou por uma cirurgia, mas precisa passar por outra. “A saúde dele está debilitada e vamos fazer pedido para que ele possa fazer a cirurgia. Para isso, vamos pedir prisão domiciliar ou transferência para um presídio com setor de saúde que atenda as necessidades dele”, pontuou o advogado.

Tio Arantes, que ficou conhecido por ter comandado a maior rebelião já enfrentada pelo sistema carcerário sul-mato-grossense, foi preso em Santa Cruz, na Bolívia. A prisão foi feita pela FELCC (Fuerza Especial de Lucha contra El Crimen) da polícia boliviana. Na sequência, foi entregue à Polícia Federal, na fronteira com Corumbá. O preso tem extensa ficha criminal, com condenações por roubo, tráfico de drogas e homicídios.

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