Acusação usa imagens e laudos para desmentir assassino de Mayara
Luís Alberto disse que teria atingido a vítima com um golpe de martelo, mas perícia mostrou pelo menos seis golpes; imagens mostram réu comprando álcool, o que indica que houve intenção de queimar corpo
A promotoria contestou vários trechos do depoimento de Luís Alberto Bastos Barbosa sobre a morte da musicista Mayara Amaral, entre eles, os golpes dados na cabeça da vítima. Segundo ele, foi um, mas a perícia constatou pelo menos seis.
“O que está acontecendo é uma epidemia, uma matança bárbara de mulheres e nosso Estado é conhecido por matar nossas mulheres”, disse a assistente de acusação, Camila Maues dos Santos Flausino.
A assistente traçou perfil de Mayara, descrevendo a musicista como estudiosa, aplicada e querida por amigos e familiares. Depois do mestrado em Música, preparava-se para doutorado.
A promotora Aline Mendes Franco Lopes listou os motivos das quatro qualificadoras imputadas contra o réu. Motivo fútil, decorrente de uma discussão banal, “briga besta”, conforme descrição do próprio réu; dificultar defesa da vítima e meio cruel, atestada pela perícia, que mostra que ela foi morta em cima da cama, a golpes de martelo na cabeça e o feminicídio, pela condição de gênero.
Nesse momento, fotos periciais do corpo foram mostradas, causando forte emoção na mãe, Ilda e na irmã da vítima, Pauliane Amaral.
Luís Alberto negou que tivesse intenção de queimar o corpo de Mayara, mas a acusação recorreu a imagens de câmera de segurança, que mostram o réu em um estabelecimento comercial, comprando lata de álcool.