Tribunal de Justiça nega retirar feminicídio do caso Mayara Amaral
O julgamento de Luís Alberto Bastos Barbosa estava marcado para ocorrer no fim do ano passado, contudo, foi adiado diante do recurso da defesa
Por unanimidade, o Tribunal de Justiça negou na tarde desta terça-feira (22) retirar as qualificadoras feminicídio e motivo fútil do caso da musicista Mayara Amaral. A informação é do advogado Conrado de Sousa Passos, que representa o assassino confesso Luís Alberto Bastos Barbosa.
Mayara foi morta na noite do dia 25 de julho de 2017, em um motel localizado na Avenida Euler de Azevedo, a golpes de martelo e teve o corpo abandonado e carbonizado em uma estrada vicinal na região do Inferninho, na saída de Campo Grande para Rochedo.
Segundo o defensor, além de retirar as duas qualificadoras, o recurso também pedia que o furto e a ocultação de cadáver fossem englobadas ao homicídio. “Entendemos como excessivas as qualificadoras”, justifica.
Diante da negativa, o próximo passo, conforme o advogado, é esperar a sentença ser publicada. “Vou analisar profundamente o caso e decidir se vamos recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) ou se deixaremos o processo seguir seu curso e Luís ir a júri”, revela.
Histórico - O julgamento de Luís Alberto Bastos Barbosa estava marcado para ocorrer no fim do ano passado, contudo, foi adiado diante do recurso da defesa.
O réu ainda passou por exame de insanidade com o objetivo de tentar uma redução da pena do acusado, possibilidade existente, caso ele fosse considerado semi-imputável, como prevê o artigo 26 do Código Penal. O laudo no entanto, segundo a perita responsável pelo exame, afirmou que Luís “tem sua capacidade de entendimento totalmente preservada”.