Acusado de matar jovem na Afonso Pena diz que agiu "em momento de desespero"
Jhonny de Souza Mota está sendo julgado por matar Rhennan Tosi, com tiro no peito, em 2021
O servente Jhonny de Souza Mota, 27 anos, disse que o tiro que matou Rhennan Matheus Oliveira Tosi foi dado em “momento de desespero”. Na versão dele, houve provocação que antecedeu a morte, em briga envolvendo amigo do réu e a vítima, que teria dito que resolveria a discussão “na bala”.
O crime aconteceu no dia 31 de outubro de 2021, nos altos da Avenida Afonso Pena. Hoje, Jhonny Mota está sendo julgado, pela 1ª Vara do Tribunal do Júri, por homicídio qualificado por motivação fútil e sem chance de defesa da vítima, além de porte ilegal de arma de fogo.
No depoimento ao juiz Carlos Alberto Garcete, o réu disse que Rhennan teve discussão com rapaz conhecido como “Daniel Bico”, quando este fazia “zerinho” na avenida e teria batido no para-choque do carro do amigo da vítima.
Jhonny disse que o amigo dele, Diego Vieira, teria se metido na briga dos dois e levantou a camisa, mostrando que estava armado. Rhennan, então, teria passado a xingar os dois, dizendo que não resolve briga no soco, mas “na bala”. Um amigo da vítima também estava com uma arma. O réu ainda alegou que estava somente com Diego, enquanto Rhennan estava acompanhado de cerca de 15 pessoas.
Jhonny disse que se desesperou ao ver a arma na cintura do outro rapaz. Puxou a arma que estava com o amigo, Diego, e atirou. Acertou uma bala no tórax de Rhennan, que morreu na Santa Casa.
Depois do disparo, o réu disse que jogou a arma no chão e saiu correndo, fugindo pela Avenida Afonso Pena, em direção ao centro. Numa esquina, encontrou mulher vendendo comida e implorou para que ela chamasse motorista de aplicativo. Foi para casa, chamou a esposa e foi para chácara da mãe, onde foi preso no dia seguinte ao crime.
Os pais de Rhennan Tosi acompanharam o depoimento do réu. A mãe, Vanessa, não quis falar com a imprensa. O pai, Massai Tosi, disse que acredita que tenha ocorrido discussão envolvendo o filho, mas que aconteceu no “calor do momento”. E avaliou: “Isso não significa que, em momento algum, você possa atirar em uma pessoa”.
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