ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
JANEIRO, QUARTA  15    CAMPO GRANDE 31º

Capital

Preso pelo Gaeco no Alphaville é réu por assassinato em festa de Carnaval

Emerson Correa Monteiro resistiu à prisão e acabou com lesões nos braços, joelhos e cotovelos

Por Ana Paula Chuva | 15/01/2025 16:50
Preso pelo Gaeco no Alphaville é réu por assassinato em festa de Carnaval
Pistola e revólver apreendidos na casa de Emerson nesta quarta-feira (Foto: Divulgação | MPMS)

Emerson Correa Monteiro, 38 anos, tentou resistir, mas acabou preso durante a segunda fase da Operação Snow deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), na manhã desta quarta-feira (15). O homem foi encontrado na residência onde mora no condomínio Alphavile, região do Bairro Parque Novos Estados, em Campo Grande, e já é réu pelo assassinato de Wellyngton Luiz de Jesus Reynaldo Felipe.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

Durante a segunda fase da operação Snow, Emerson Correa Monteiro foi preso em sua residência após resistir à prisão. A busca resultou na apreensão de armas de fogo, ecstasy e MDMA. Além de Monteiro, outras pessoas foram presas e autuadas por posse ilegal de armas e drogas. A operação investiga uma quadrilha que utilizava informações privilegiadas, violência e empresas de transporte, incluindo terceirizadas dos Correios, para o tráfico de mais de duas toneladas de cocaína.

Conforme o boletim de ocorrência, equipe da Rocam (Rondas Ostensivas de Apoio de Motos) da Polícia Militar dava apoio ao Gaeco durante a ação e foi até o endereço de Emerson por volta das 6h. No local, o homem resistiu à prisão e os policiais precisaram usar de força física para contê-lo.

Emerson acabou com lesões nos braços, cotovelos e joelhos. Ele foi imobilizado e colocado em uma cadeira na sala de jantar para que a equipe desse o cumprimento ao mandado de busca e apreensão. O procedimento foi acompanhado por duas testemunhas e, na ação, foram encontradas duas armas de fogo – um revólver calibre 38 e uma pistola 9 milímetros.

Além de três comprimidos de ecstasy e mais 3,20 gramas de MDMA, anfetamina que causa efeitos estimulantes e alucinógenos.

Durante a prisão, ele relatou aos policiais que havia feito procedimento cirúrgico na região do abdômen há 30 dias e, por isso, usava cinta pós-cirúrgica. Ele foi encaminhado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol, onde foi autuado em flagrante por desobediência, posse ilegal de arma de fogo de uso restrito e porta drogas para consumo pessoal.

Outros presos – Além dele, Michael Guimarães Bairros, 35 anos, foi alvo de mandados nesta manhã e também autuado em flagrante por posse ilegal de arma de fogo, já que na casa dele localizada na Rua Cachoeira do Campo, Bairro Portal Caiobá, foi encontrado um revólver calibre 38 com seis munições intactas e mais dez munições calibre 357. Ele foi encaminhado para a 6ª Delegacia de Polícia Civil.

Jessika Farias da Silva, Diego Fernandes Silva, Felipe Henrique Adolfo, Lucas Ribeiro da Silva, Rodrigo de Carvalho Ribas, Vitor Gabriel Falcão Pinto e Wilson Alves Bonfim também foram alvos de mandados de prisão e de busca e apreensão.

Segunda fase - Conforme investigação, o líder da quadrilha utilizava advogados para aliciar servidores públicos, inclusive um policial civil, que passava informações sobre eventuais ações das forças de segurança contra o grupo.

Dessa forma, os investigados tinham acesso às informações privilegiadas e conseguiam monitorar as cargas de drogas, além de instruírem conselheiros quanto aos assuntos sensíveis e pertinentes à organização.

Em algumas ocasiões, o grupo agia de forma violenta para resolver pendências que envolvessem os próprios integrantes, principalmente quando se tratava de perdas de cargas de drogas. Nessas situações, o “problema” era resolvido através de sequestros e execuções daqueles que cometiam o erro.

Para conseguir transportar a cocaína, eram utilizadas empresas de transporte, sendo algumas delas terceirizadas dos Correios. No decorrer da investigação, foram apreendidas mais de duas toneladas do entorpecente.

Homicídio - Conforme apurou o Campo Grande News, Emerson já foi denunciado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) em 2020 pelo assassinato de Wellington, conhecido como "Rico". O crime aconteceu em 2016 durante festa de Carnaval na Chácara da República, localizada no Jardim Aero Rancho em Campo Grande.

A vítima foi atingida por diversos disparos de arma de fogo por uma rixa. Segundo o MP, "Rico" se recusava a trabalhar com eles - Emerson e outro denunciado - na venda de drogas na região. Em novembro de 2023, o homem virou réu pelo homicídio qualificado, mas ainda não houve julgamento.

Preso pelo Gaeco no Alphaville é réu por assassinato em festa de Carnaval
Equipes do Gaeco e do Bope no endereço de um dos alvos da operação (Foto: Divulgação | MPMS)

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.

Nos siga no Google Notícias

Veja Também