Quarteto do PCC é condenado a 103 anos de prisão pela execução do "Coroa"
José Carlos Louveira Figueiredo, o "Coroa" foi decapitado em novembro de 2017
Chegou a 103 anos a soma de todas as condenações dos quatro réus levados a julgamento, nesta quarta-feira (26) pela execução de José Carlos Louveira Figueiredo, o "Coroa". Em novembro de 2017 Louveira foi sequestrado pelo quarteto, torturado e decapitado a mando do PCC (Primeiro Comando da Capital), na Capital.
O conselho de sentença, por maioria de votos condenou todos os acusados pelos crimes de homicídio, organização criminosa, sequestro e cárcere privado e ocultação de cadáver - o qual apenas David Samuel Boaventura Salvados, de 22 anos, foi absolvido.
Denilson Bernardo Arruda, de 27 anos, e Carolina Gonçalves de Matos, de 40, pegaram as penas mais duras, cada um vai ficar por 27 anos atrás das grades. Já David Samuel foi condenado a 24 anos de prisão e Nicolas Kelvin Soares Montalvão, 22, foi condenado a 25 anos e 5 meses de prisão. A sentença foi proferida pelo juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande.
O crime - José Carlos, 41 anos, e o filho, na época com 16 anos, foram sequestrados pelos suspeitos no dia 18 de novembro de 2017. Para a polícia, os réus relataram que a vítima foi julgada e morta por ter negociado drogas com o CV (Comando Vermelho) e ter agredido o adolescente conhecido como “Tio Patinhas”, filho de Nilton Gauta Evangelista, integrante do PCC, que estava preso no ano do crime.
Após ser mantido refém em pelo menos duas casas do Jardim São Conrado, “Coroa” e o filho foram levados para a casa de Denilson Bernardo Arruda e Carolina Gonçalves de Matos, a “Carol”, localizada na Vila Taveirópolis.
A ordem para a execução de “Coroa” foi dada no dia 22 de novembro, por Nilton Gauta Evangelista, o Pezão, pai de “Tio Patinhas” e interno do EPJFC ( , onde cumpre pena pelo crime de latrocínio. O corpo de José foi encontrado no dia 23 de novembro, na região da Cachoeira do Ceuzinho.
Outros acusados - Outras sete pessoas também respondem pelo crime, mas não foram julgadas hoje. São eles: Kaio Batista de Oliveira, Luan Loubet Barros, Nilton Gauta Evangelista, Cleia Aveiro, Henrique Pelegrino, Thiago Pereira Peres e Pamella Almeida Ribeiro. Em fevereiro deste ano, Adriano Hilário dos Santos, 35 anos, conhecido como Kaique, foi condenado a 20 anos e seis meses de prisão e 20 dias de multa pela participação na morte de José Carlos.