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Capital

Réu por matar pecuarista alega falta de força nas mãos para acusação de asfixia

Defesa pediu perícia médica e, também, exame de insanidade mental para acusado de matar Andréia Aquino Flores

Silvia Frias | 23/11/2022 09:24
Pedro Benhur quando foi transferido de Dourados para delegacia em Campo Grande. (Foto/Arquivo/Adilson Domingos)
Pedro Benhur quando foi transferido de Dourados para delegacia em Campo Grande. (Foto/Arquivo/Adilson Domingos)

A Justiça de Campo Grande indeferiu o pedido de realização de exame de insanidade mental em Pedro Benhur Ciuardulo, 20 anos, acusado de matar por asfixia a pecuarista Andreia Aquino Flores, em crime ocorrido no dia 28 de julho deste ano.

Além de ter pedido o exame mental, a defesa do rapaz também solicitou perícia médica para atestar que Ciardulo não teria condições físicas de matar a pecuarista por asfixia mecânica. A alegação é que ele teria cortado os pulsos há alguns anos, o que teria deixado sequela nos movimentos dos dedos.

Andreia foi morta em julho, aos 38 anos, por asfixia. (Foto/Arquivo)
Andreia foi morta em julho, aos 38 anos, por asfixia. (Foto/Arquivo)

No despacho da 5ª Vara Criminal de Competência Residual, consta que o pedido de insanidade mental foi indeferido pela Justiça. Sobre a perícia médica, o juiz Waldir Peixoto Barbosa acompanhou a avaliação do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e postergou análise do pedido para depois da audiência de instrução e julgamento, marcada para dia 29 de novembro deste ano.

Pedro Benhur Ciardulo, Lucimara Rosa Neves Neves, 43 anos, e a filha dela, Jéssica Neves Antunes, 24 anos, foram denunciados por latrocínio, após frustrado assalto simulado contra Andréia Aquino Flores, morta aos 38 anos, em casa, no Bairro Chácara Cachoeira.

Conforme a acusação, empregada da família Flores há quase duas décadas, Lucimara foi quem arquitetou o plano e pretendia lucrar pelo menos R$ 100 mil. Para isso, convocou a filha e o cunhado na ação.

Andreia foi morta por asfixia mecânica, causada por esganadura e obstrução das vias aéreas superiores. De acordo com a apuração pela Polícia Civil e a acusação, Pedro Benhur, que “fingia” ser o assaltante que havia rendido Lucimara e Jessica, foi quem usou um pano de prato para tapar a boca da vítima quando ela reagiu à abordagem que terminou em morte.

Lucimara e Jéssica: mãe e filha também são acusadas pelo crime. (Foto/Arquivo)
Lucimara e Jéssica: mãe e filha também são acusadas pelo crime. (Foto/Arquivo)

Mas, segundo a investigação, Lucimara foi a mentora do assalto simulado. A ideia era conseguir que a vítima fizesse Pix de R$ 50 mil. Pela “ajuda” dos comparsas, a própria filha Jéssica e o cunhado, “Mah”, como era conhecida a funcionária que trabalhava como uma espécie de governanta na casa da pecuarista, pagaria R$ 20 mil – R$ 10 mil para cada. Os outros R$ 30 mil ficariam com Lucimara, que usaria o dinheiro para quitar dívidas com agiotas.

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